Luanda - A GE Capital, do grupo General Electric e que financia projetos daquela multinacional em todo o mundo, vai conceder um empréstimo de 1,1 mil milhões de dólares (960 milhões de euros) ao Governo angolano.

Fonte: Lusa

Segundo despacho presidencial de 05 de julho, a que a Lusa teve hoje acesso, esse financiamento destina-se à cobertura de projetos do setor da Energia e Águas, "devidamente identificados e aprovados pelo Governo angolano".


O despacho autorizando o contrato com a GE Capital não identifica projetos em concreto, referindo apenas que se integram no Programa de Investimentos Públicos, sendo o empréstimo justificado pelo Governo com a necessidade de "diversificação das fontes de financiamento" para concretizar obras públicas.


O presidente da General Electric, Jeff Immelt, reuniu-se a 25 de janeiro deste ano com o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, tendo avançado com a multinacional norte-americana tinha uma carteira de negócios em Angola que rondava os mil milhões de dólares (876 milhões de euros), nomeadamente na área da produção e transporte de energia elétrica.


Em maio passado, o grupo acertou a venda a Angola de sete turbinas móveis TM2500 para produção de eletricidade nas províncias do Namibe, Huila e Cuando Cubango, fornecendo 200 MegaWatts (MW) de energia.


Uma informação anterior da General Electric indicava que a rede elétrica nacional angolana, construída há quase meio século, "está agora a envelhecer e necessita de atualização e reabilitação", garantindo o fornecimento, atualmente, a apenas cerca de 30% da população.


A General Electric e o Ministério de Energia e Águas de Angola assinaram em 2014 um Memorando de Entendimento para atingir a meta de geração de energia elétrica adicional do país de 2.000 MW. A tecnologia daquela multinacional é já responsável por cerca de 50% da produção de eletricidade em Angola.


A operar em Angola desde 1958, a General Electric emprega no país mais de 500 trabalhadores, em negócios que abrangem setores chave como o petróleo e gás, energia, aviação, saúde e transporte ferroviário.