Zaire - Escrevo este artigo no sentido de alertar a sociedade. Pois todos nós defendemos o exercício da liberdade de expressão. Mas o dia-a-dia está provando o contrário. Pois estamos cada vez mais distantes de aceitar essa liberdade de expressão que nós nos debatemos diariamente. Ao nível da religião cristã, quem crê em Cristo, essa pessoa ainda é um crente, pois só se torna cristão depois do baptismo. Logo quem se torna num cristão, além dos direitos que ele usufrui na qualidade de ser cristão, mas também tem deveres, e um dos deveres é: "idem por todo mundo anunciar o evangelho". 
 
Fonte: Club-k.net
 
A não materialização deste dever coloca em causa o juramento desse cristão para com o Cristo. Será que o Cristão ao materializar, o "idem por todo mundo anunciar o evangelho", passa ser um bajulador de Cristo? Será que o Cristão ao materializar, o "idem por todo mundo anunciar o evangelho", passa ser um manamado? Será que o acto de apregoar o evangelho é sinónimo de se pretender atingir um cargo ao nível duma igreja? O que seria do cristianismo sem o evangelho!? Pois o evangelho é a defesa e a difusão da doutrina de Cristo.
 
 
Em anos passados, um kudorista tivera lançado uma música intitulado de manamado, se baseando numa determinado realidade... mas depois esse termo, chegou a fazer parte e continua a fazer parte embora com baixa intensidade no vocábulo político. O mais preocupante, é que se está passando, se está dando a entender que o exercício da militância é sinónimo de manamado (querer aparecer), e isso é errado! Mas além deste termo, há mais um outro termo que é a mais sonante. Esse termo é bajú, e há académicos que já falam de uma academia de bajulação, até inclusive já dizem que há uma ciência que se dedica ao estudo da bajulação. Se está a banalizar o exercício da militância!
 
 
Quando um cidadão adere um partido político, ao cumprir os trâmites legais ao nível deste partido político, esse cidadão passa ser militante deste partido político. Mas há deveres partidários que ele deve cumprir, e a materialização destes deveres é o exercício da militância. Pois se o mesmo não materializar esses deveres, ele, mesmo sendo militante, mas é um militante que não exerce a militância. O exercício da militância se difere do ser militante. Pois a aderência a um partido político não é o exercício da militância, pois há o exercício da militância quando se defende e se difunde os ideais do partido político na qual se revê.
 
 
Ao se apregoar em todos cantos, que a bajulação é sinónimo de militância, essa desinformação além de banalizar o exercício da militância, também levara com que muitos militantes não exerçam a militância... pois não nos devemos de nos esquecer que ao nível do país, temos o problema de analfabetismo e de analfabetos funcionais... quer dizer, o terreno onde está sendo lançada essa inverdade é fértil... isso é preocupante. Pois com esse andar da carruagem não tardara teremos uma sociedade de mudos. Pois se está a induzir o cidadão para que não exerça a liberdade de expressão.
 
 Será que se deve só se limitar em ser se militante e não se deve exercer a militância!?
 
Para podermos andar, nós aplicamos uma força, mas essa força aplicada é contraposta pela uma outra força, e essa força que contrapõe a força que nós aplicamos é a força de atrito. A interacção entre a força que aplicamos para podermos andar e a força que a contrapõe (força de atrito), nós permite andar. O passo marcado para se puder andar são as pretensões de quem gere ou é a materialização das pretensões... a força de atrito são as críticas que advém de várias correntes da sociedade. A interacção entre as pretensões ou a materialização das pretensões e as críticas. Permite com que a sociedade possa evoluir, permite com que se progrida. O errado que se está a se notar é que as criticas ou quem faz criticas é tachado de revú. Essa atitude é errada, pois as críticas é a força de atrito, e a interacção das mesmas com as pretensões ou a materialização das pretensões resulta no progresso da sociedade.
 
Logo o acto de tachar quem crítica de revú, é improducente, pois a crítica é uma força muita importante para que se materialize o progresso. E se está a induzir o cidadão para que não exerça a liberdade de expressão.
 
Em função da situação que acabo de retratar, levanto a seguinte a questão. Será que queremos construir uma sociedade de mudos!? Pois quem defende e difunde uma causa é tachado de bajú, até se chega a ouvir por alto: "o gajo é um bajú"! Quem se faz uma crítica quer construtiva ou não, é tachado de revú, até se chega a ouvir por alto: "O gajo é um revú"! Que sociedade estamos a construir!? Será que pretendemos uma sociedade de mudos!?