Luanda - A CASA-CE acredita que vai ganhar as eleições de 23 de Agosto porque o país está como um “carro velho a fumegar que necessita de um bom mecânico”, disse o vice-presidente daquela coligação para Comunicação e Marketing.

Fonte: VOA

Durante uma hora de conversa com ouvintes e internautas no Angola Fala Só, da VOA, nesta sexta-feira, 21, Lindo Bernardo Tito afirmou estar confiante numa vitória da CASA-CE como forma de “Angola ter um Governo patriótico porque o país está doente.

 

“Em 42 anos, o MPLA não devolveu a Angola a dignidade que devia, o país não tem escolas, não tem hospitais, não tem estradas, não tem energia e o povo está na pobreza”, denunciou Tito que assentou como um dos pontos principais de um Governo da CASA-CE o saneamento das finanças públicas “a começar pelo combate à corrupção e ao desperdício”.

 

Nesse sentido, e questionado por um internauta, o vice-presidente da CASA-CE prometeu que, caso for Governo, o seu partido vai destinar “30 por cento do Orçamento de Estado à Educação”.

 

Quanto aos estudantes no exterior que não recebem o pagamento das bolsas, Lindo Bernardo Tito considerou ser um problema estrutural, que se enquadra no saneamento das finanças públicas, mas defendeu “uma aposta no ensino nacional” e criticou a ideia de que “apenas se deve estudar no estrangeiro”.

 

Controlo das eleições com recurso à tecnologia

 

No que toca ao controlo das eleições, Tito garantiu que a CASA-CE “tem uma equipa montada que vai estar em todo o país, com recurso a aplicativos e outras tecnologias”, e reiterou que a coligação continua a defender que a contagem dos votos deve ser feita nas assembleias de voto, “lá onde as pessoas votaram e que depois siga todos os níveis da administração”.

 

A cobertura da pré-campanha e da campanha eleitoral pela imprensa pública foi criticada pelo vice-presidente da CASA-CE que “apenas faz propaganda ao MPLA” e revelou ter advertido ao Ministro da Comunicação Social e secretário da Presidência da República, num recente encontro, “para não estranharem se considerarmos que as eleições não foram justas porque não se deve ter em conta apenas o acto de votar, mas todo o processo e a cobertura pública é um desses aspectos”.

 

Lindo Bernardo Tito abordou também o relacionamento com outras forças da oposição, nomeadamente a UNITA, e disse que recentes diplomas aprovados pelo MPLA à última hora revelam os “sinais dos tempos porque sabe que não vai continuar no poder e está a proteger os seus interesses”.