Luanda - O Governo angolano atribuiu, nos últimos dias, a construção de milhares de habitações em novas centralidades a distribuir por três províncias, num negócio global de mais de 100 milhões de dólares (cerca de 88 milhões de euros).

Fonte: Lusa

Em causa estão três despachos presidenciais, a que a Lusa teve hoje acesso, autorizando a contratação dos projetos e construção destas verdadeiras cidades edificadas de raiz, como é o caso da centralidade de Carreira de Tiro II, na província de Malanje, que vai contar com 4.000 apartamentos, numa área de 350 hectares.

 

Esta centralidade, com 544 edifícios previstos, representa um investimento público de 35,1 milhões de dólares (30,3 milhões de euros), cuja contratação é feita diretamente pela empresa Imogestin à construtora angolana Ingenium e deverá estar concluída dentro de 18 meses.

 

Um segundo contrato, aprovado igualmente por despacho presidencial de 12 de julho, entregou à construtora angolana Griner, também através da Imogestin, a conceção e construção da Centralidade de Saurimo, capital da província da Lunda Sul, num negócio de 33,8 milhões de dólares (29,2 milhões de euros).

 

A primeira fase deverá estar concluída dentro de 15 meses e envolve desde já a construção de oito edifícios com 212 apartamentos.

 

Nos mesmos moldes, a construtora de origem portuguesa Omatapalo foi escolhida para a conceção e construção da Centralidade de Mbanza Congo, capital da província do Zaire, devendo disponibilizar as primeiras 200 habitações dentro de 12 meses.

 

Este contrato, igualmente autorizado por despacho presidencial de 12 de julho, envolvendo a contratação por parte da Imogestin, está avaliado em 32,8 milhões de dólares (28,3 milhões de euros).

 

Estas novas centralidades, construídas de raiz em todas as províncias do país, integram-se no Plano Nacional de Habitação e a sua aquisição, sobretudo por funcionários públicos, é anunciada pelo Executivo como possível com preços controlados e mais acessíveis.

 

A Imogestin já gere pelo menos 15 centralidades construídas ou em fase final de construção, distribuídas pelas províncias de Luanda, Bengo, Namibe, Huíla e Benguela.