Luanda  - Atenção: não é para dançar ao som do "kibolobolo tipo ndomboló" cantado por Nayol "Crazy". Pára mesmo tudo e vamos nos consciencializar. Poucos dias nos separam da festa política que ditará mais uma vez o representante do povo segundo as percentages que cada partido alcança das urnas de voto.

Fonte: Club-k.net

Esta rota para se atingir o cadeirão máximo é feito de todas as formas: Partidos há que se ainda não prometeram o sangue de Satanás é simplesmente por puro supersticionismo, mas convenhamos dizer que o game está assaz violento.

Tudo está a valer: Desde o "cuidado com o cão" ao "Canalizador com experiência". Rompem as correntes de pouca educação que detêm sem se preocupar com as consequências que dali advir. Aliás, acredito que o reservatório da paciência para tantos engodos políticos até agora vividos são o resultado desta azáfama criada ou talvez seja um simbolismo democrático a ser exercido.

Uma coisa ainda não percebemos ou não queremos perceber: Existe um nível de insatisfação acentuado gravemente. Fazendo recurso a história menos agradável e pouco académica que nos remete à Maio de 77, hoje algumas pessoas têm medo até de pensar o país se o pensamento não o levar a "tricoloridade" partidária semelhante a bandeira do país. Abusam ao invés de criticar, faltam com o respeito ao invés de aconselhar.

Heresia política ruminar uma Angola sem o actual partido no poder. Como não há maneiras de se fazer sentir algum sofrimento e insatisfação provavelmente acentuada acima da média, sofrem todas as figuras públicas ligadas ao regime.

Vivemos níveis pluviômetros de promessas vãs que bem sabemos que não serão cumpridos no tempo que se promete.

Todos querem a fatia grande dos quilómetros quadrados de oportunidades usando sem vergonha os oportunismos por meio das verborreias eloquentes e falácias nutridas de mendacidades.

Esquecemos o primordial: Angola e os angolanos. Vejo cada partido político como um saco vazio sedento dos gordos míseros de sobrevivência.

Governar Angola não é só querer acabar com o lixo, aumentar salário, transformar cidades e chatear-se com a má gestão do erário público. São 1.246.700 de problemas sem soluções aparentes. Pensar com o estômago não é o mais coerente para a satisfação de uma maioria.

Nestas eleições: Consciência, coerência e objectividade. Parafraseando o jornalista sênior Jaime Azulay: " O voto é individual mas o nosso destino é colectivo".

Reflitamos.