Luanda - O Governo angolano pretende comprar geradores e equipamentos de geração fotovoltaica para garantir eletricidade em locais isolados do país, num negócio de quase 100 milhões de euros.

Fonte: Lusa

De acordo com uma autorização presidencial para o contrato de aquisição, que será feito à empresa angolana Aenergia, constituída em 2012 e parceira da norte-americana General Electric, o negócio envolve o fornecimento, instalação, comissionamento e assistência técnica de geradores industriais, geradores domésticos, bem como de "kits de geração fotovoltaica".

 

Será ainda assegurado o fornecimento de equipamentos para montagem de redes de alimentação, envolvendo sistemas elétricos isolados da cobertura nacional, num contrato global, autorizado por despacho presidencial, a rubricar entre o Ministério da Energia e Águas e a Aenergia, por 114,2 milhões de dólares (98,7 milhões de euros).

 

O recenseamento da população realizado em Angola no mês de maio de 2014 concluiu que o acesso à rede de eletricidade é apenas garantido a 1,7 milhões de casas (31,9% do total), quase exclusivamente em zonas urbanas, já que na área rural apenas 48.173 agregados familiares são servidos.


O estudo identifica que as lanternas são a segunda principal fonte de iluminação e servem mais de 1,752 milhões de famílias (31,6%) em Angola.

 

Seguem-se em alternativa os candeeiros (14,3%) e os geradores (9,3%).

 

Até final deste ano, o Governo prevê praticamente duplicar a eletricidade produzida e injetada na rede pública nacional, com a construção de novas barragens e uma central de ciclo combinado, a gás, chegando aos 5.000 MegaWatts de potência instalada, ainda insuficiente para cobrir o défice nacional de produção elétrica.