Benguela - Denúncias sobre actos de gestão danosa dão pontos ao 1º secretário do partido no poder em Benguela, obrigado a fazer melhor após as eleições. Empresários vaticinam oportunidades para todos.

Fonte: Club-k.net

Já se percebeu que o governador de Benguela, Rui Luís Falcão Pinto de Andrade, ainda a beneficiar do chamado ‘’período de graça’’, começa a entusiasmar, se analisadas referências feitas até entre sectores geralmente críticos, em grande medida devido ao discurso da moralização da sociedade.

 

À imagem do bom filho que ouve a mensagem dos encarregados, Falcão trata, já, de levantar o véu que encobre alguns casos de conformarão corrupção em áreas-chave da governação, manifestando preocupação face à herança que recebe. É sobretudo por aqui, nas críticas à indisciplina na gestão dos recursos públicos, que arranca vários aplausos.

 

Juristas, professores, empresários, empreendedores e jornalistas, sem desprimor para os ‘’doutores de outros ofícios’’, sublinham que o antigo governador do Namibe está a criar condições para romper com um passado recente com sabor a desvios, enriquecimento ilícito, tráfico de influência e outras anomalias que envergonham o MPLA.

Estando numa província com uma sociedade muito acima da média em termos de exercício de cidadania, Rui Falcão já terá percebido que elevou a fasquia até um ponto em que quase fica condenado a não falhar.

 

Quando diz que não recebe luvas para facilitar negócios, já que não é proprietário de empresa nenhuma, antes de ter apontado a cadeia para os homens da gestão danosa, abre um vasto campo para questionamentos daqui a algum tempo. Isto, claro, se os actos estiverem desajustados ao discurso ouvido por dezenas de associações empresariais, muitas formadas por operadores que apresentam lamúrias sobre as governações anteriores.

Basta dizer que Armando da Cruz Neto e Isaac dos Anjos chegaram igualmente com discursos afinados, para a satisfação dos mesmos críticos de hoje, mas rapidamente deixaram o oitenta para o 8 devido a insuficiências patentes nas ‘’bocas’’ de RF.

O seu primeiro e único tropeção, se assim se pode considerar, terá sido o facto de ter estabelecido prazo para o problema da luz, quando se sabe que as fontes térmicas, que são a velha maldição, não param de causar dissabores.

Agora, aparentemente refeito do trambolhão, adverte que só depois das eleições estará totalmente concentrado na governação, sendo certo que o momento é de garantir vitória nas eleições.