Luanda - O dia Nacional dos Seguros e Fundo de Pensões é celebrado a 5 de Agosto. Esta data é comemorada em Angola, em homenagem à importância do sector segurador e dos fundo de pensões na economia angolana em geral e, mais concretamente, na gestão das poupanças de médio e longo prazo e na mitigação dos riscos das famílias e das empresas.

Fonte: Club-k.net

O principal objectivo desta data é consciencializar e explicar a população em geral, sobre os benefícios dos seguros e fundo de pensões para garantir a protecção dos bens materiais e imateriais das pessoas.

 

O Seguro não é uma figura da sociedade hodierna. A história registou a presença dos seguros nas mais remotas civilizações. Em princípio, o auxílio era prestado pelos membros da mesma família, sempre cooperando para a própria defesa e desenvolvimento; pelos vizinhos, movidos por sentimentos de amizade ou solidariedade.

 

O ser humano, sua família e património estão sempre expostos a diferentes tipos de riscos. O risco envolve infortúnio/ perda. O seguro é um mecanismo de gestão de risco que reduz o custo da perda ou efeito da perda. Não é uma ferramenta para evitar eventos indesejados, o risco é um acontecimento fortuito, susceptível de poder acontecer, mas não inevitável. O risco é a base do seguro e é o elemento fundamental para a sua existência.

 

Os ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001 nos EUA, 11 de Março de 2004 na Espanha e 7 de Julho de 2005 no Reino Unido despertaram a humanidade para novos riscos e novos desafios, aos quais o sector segurador não ficou indiferente. Também os ataques cibernéticos a escala mundial vieram trazer à colação novos e mais complexos problemas à actividade seguradora e resseguradora. Não obstante estes fenómenos, este sector continua pronto a responder a todos os desafios que o risco, ́ ́elemento essencial do seguro, nos apresenta nos dias de hoje ́ ́.

 

Em Angola, a actividade de seguros eclodiu em 1922, com a instalação de uma filial da Companhia de Seguros Ultramarina e em 1948 ́ ́foram criados os Serviços de fiscalização técnica da indústria de Seguros em Angola, tendo mais tarde evoluído para a então inspecção de crédito e seguros ́ ́. Na época colonial o mercado de seguros angolano era explorado por um conjunto de 26 seguradoras, 20 das quais com mais de 50% de capital português e outras 15 agências gerais de companhias sedeadas em Portugal. Com o advento da Independência em 1975, houve necessidade de revitalizar o mercado, aos 18 de fevereiro de 1978 foi criada a Empresa Nacional de Seguros e Resseguros de Angola (ENSA), hoje transformada em Sociedade Anónima ́ ́.

 

Segundo dados do ‘’site’’da Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG), existem actualmente no mercado angolano, 25 seguradoras e 6 sociedades gestoras de fundos de pensões licenciadas.

 

Com a posta do Estado angolano na revitalização e no crescimento economico, urge a necessidade de aumentar o conhecimento técnico e a familiaridade dos consumidores com os produtos e serviços deste sector. No meu entendimento esta é uma tarefa prioritária.

 

A autoridade angolana responsável pela regulação e supervisão da actividade seguradora, resseguradora, fundos de pensões e mediação de seguros e resseguros, em estreita colaboração com as seguradoras devem cada vez mais estar empenhados no desenvolvimento de instrumentos onde o consumidor encontre um apoio seguro, no momento de tomar decisões, que lhe permita o entendimento da lógica, da concepcção e do funcionamento dos produtos e do sector. E deste entendimento resultar um melhor esclarecimento do consumidor, não só quanto aos riscos inerentes às decisões tomadas, mas também quanto às oportunidades proporcionadas pelo sector. Acredito que o conhecimento específico poderá simultaneamente beneficiar o mercado e proteger os consumidores.

 

O seguro elimina as tensões, os medos, a ansiedade e as frustrações da mente humana associada à incerteza futura. Saber que estamos financeiramente protegidos em caso de perda, dano, doença ou morte resultante de vários riscos, proporciona tranquilidade, paz de espírito e estimula o desenvolvimento e o crescimento económico do país.