Luanda - O cabeça-de-lista do Partido de Renovação Social (PRS) às eleições gerais de 23 de agosto, Benedito Daniel, defendeu hoje que o federalismo é uma solução política que irá solucionar problemas e não dividir Angola, convicto de que o partido "caminha para vitória".

Fonte: Lusa

"Não é nada de divisão ou regionalismo que eles têm dito, mas esse modelo bem aplicado vai resolver os problemas do país, as assimetrias, as reivindicações sociais, a inclusão, a justa distribuição da renda nacional", disse hoje em declarações à agência Lusa.

Depois de trabalhar no fim de semana na província da Lunda Norte, esta quarta-feira o PRS apresenta a sua mensagem política ao eleitorado de Cabinda e na quinta-feira aos populares da província do Moxico.

De acordo com líder do PRS, a temática ligada ao federalismo vai continuar a dominar a mensagem do PRS, porque a redução das desigualdades sociais em Angola "apenas terá respostas no quadro do federalismo".


Sem dúvidas, Benedito Daniel garantiu que "a marcha é rumo à vitória", em face da adesão dos cidadãos aos atos políticos do seu partido, assegurando que o PRS "não tem razões de queixas".

"Porque a mensagem tem passado muito bem e a adesão tem sido muito boa por onde passamos, temos boa representação e estamos firmes nessa caminhada", concluiu.

A campanha política com vista as eleições de 23 de agosto decorre até o dia 21 deste mês.

Nessas eleições vão concorrer seis formações políticas nomeadamente o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), Partido de Renovação Social (PRS), Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e Aliança Patriótica Nacional (APN).

A Comissão Nacional Eleitoral de Angola constituiu 12.512 assembleias de voto, que incluem 25.873 mesas de voto, algumas a serem instaladas em escolas e em tendas por todo o país, com o escrutínio centralizado nas capitais de província e em Luanda, estando 9.317.294 eleitores em condições de votar.

A Constituição angolana aprovada em 2010 prevê a realização de eleições gerais a cada cinco anos, elegendo 130 deputados pelo círculo nacional e mais cinco deputados pelos círculos eleitorais de cada uma das 18 províncias do país (total de 90).

O cabeça-de-lista pelo círculo nacional do partido ou coligação de partidos mais votado é automaticamente eleito Presidente da República e chefe do executivo, conforme define a Constituição, moldes em que já decorreram as eleições gerais de 2012.