Luanda - O cabeça-de-lista da Aliança Patriótica Nacional (APN) às eleições gerais de 23 de agosto, Quintino Moreira, denunciou hoje "atos de intolerância política", protagonizados alegadamente por militantes da UNITA, na província do Zaire, onde desenvolve ações políticas.

Fonte: Lusa

Em declarações hoje à agência Lusa, Quintino Moreira disse que as cenas de intolerância política tiveram lugar no fim de semana, e no domingo, devido a supostas "situações embaraçosas criadas por militantes da UNITA", não se realizou um encontro com apoiantes em Mbanza Congo, capital do Zaire.

 

Segundo o líder da APN, o cenário de intolerância política na província do Zaire, alegadamente "protagonizado por militantes da UNITA", teve início no sábado quando, "durante a marcha política, introduziram-se alguns elementos supostamente pertencentes à UNITA".

 

"Porque a UNITA introduziu elementos trajados com camisolas do referido partido, com material de propaganda, na marcha que realizamos nas ruas da cidade de Mbanza Congo e que criaram muitas situações embaraçosas", explicou.

 

De acordo com Quintino Moreira, que concorre à eleição, por via indireta, para o cargo à Presidente da República de Angola, "a UNITA introduziu na marcha do seu partido elementos ligados aos serviços de informação", situação que motivou o cancelamento da atividade agendada para domingo.

 

"Porque temíamos que acontecessem coisas não abonatórias que poderiam lesar a festa nacional das eleições", acrescentou.

 

A situação é já do domínio das autoridades policiais da província do Zaire, informou Quintino Moreira, que pediu o reforço da escolta policial à caravana do partido, que termina hoje a campanha eleitoral naquela província, no município do Cuimba.

 

Agora, o policiamento "está garantido e vamos desenvolver esta ação [de campanha] no Cuimba", sublinhou.

 

Quintino Moreira, líder da mais nova força política angolana, garantiu igualmente que as bases da APN no país e na província do Zaire estão sólidas e que "os cidadãos continuam solidários com os ideais da APN e do seu programa de governação".

 

A campanha eleitoral visando as eleições gerais de 23 de agosto em Angola decorre até ao dia 21 deste mês.

 

Depois do Zaire, a APN segue ainda esta semana a sua campanha eleitoral na província de Cabinda.

 

Seis formações políticas concorrerem as eleições nomeadamente o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), Partido de Renovação Social (PRS), Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e Aliança Patriótica Nacional (APN).