Luanda  - Em primeira instância é importante sublinhar que o voto é a consumação lógica da democracia,  este exercício está intrícicamente ligado aos partidos políticos,  que têm o dever e a obrigação moral perante a nação, divulgar o seu projeto de sociedade aos cidadãos, numa espinhosa tarefa de servir com responsabilidade o país, no respeito a constituição e o primado da lei, que configura o equilíbrio entre o Estado e os cidadãos, que se resume nos deveres, direitos e obrigações. Esses fundamentos, estão universalmente consagrados pelo direito internacional, na harmonização   política e social dos Estados.
 
Fonte: Club-k.net
 
Sobre a tendência do voto dos cidadãos
 
Este exercício, não se substancia apenas no interesse sociológico eleitoralista de governação, indo na lógica da acomodação  dos despojos do poder, ou seja, baseando - se no conceito meramente casual o seguinte:  Alcance,  manutêncão e o exercício do poder político.
 
 
Depois temos o outro elemento importantíssimo, da consumação efectiva desse poder, que são naturalmente os eleitores, que passa essencialmente na socialização  política, como processo que decorre da ação levada a cabo por agentes, como a família escola e os grupos de socialização, as elites políticas  e os meios de comunicação social vulgarmente conhecidos como 3º,4º poder. Nos processo eleitorais, é importante fazermos um enquadraneto conceptual das decisões de voto, analisando os conceitos do estado de opinião dos cidadãos, cultura política, da mobilização espontânea, e da mobilização dirigida, para que se equacione as estratégias e as técnicas de propaganda de uma forma estrutural, no objetivo de atingir os alvos preconizados com maior realismo possível.  
 
Pressupostos que podem definir uma provável vitória Eleitoral
 
 
Primeiro passa pela definição e eleição do candidato a presidente de um partido político, ou seja, o cabeça de lista para presidente da república, diria que no contexto atual, é concretamente viável escolher um candidato que do ponto de vista de lealdade, integridade, carisma e pragmatismo, seja uma personalidade que gera consensos  para que este candidato seja efectivamente escolhido pelos seus partidários & pares.
 
Mas é  coerente, numa perspetiva sistemática e objetiva, tanto individual e coletiva, a escolha de um candidato de um determinado partido não deve  por simplesmente obedecer aquilo que define do ponto idiológico as linhas de forças e orientadoras, que rege os estatutos doutrinários de tipos de partidos. Ou seja, esquerda, direita ou  partido de massas.
 
 É ponto assente, a característica individual, idoneidade e sobre tudo aceitação da opinião pública, são premissas explicitamente viáveis para vitória de um determinado candidato. É claro e é interpretável, o óbvio interno não é o óbvio externo, ou seja, se dentro da estrutura partidária esse candidato é a escolha certa, fora das organizações partidárias este sujeito deve ser imaculado pela opinião pública ou pela sociedade civil. 
 
No nosso caso em concreto, se não determina, mas influência inexoravelmente na decisão do voto. Não é o maior número de militantes que irá determinar o pleito eleitoral de 2017, é a sociedade civil apartidária que vai determinar através da sua consciência crítica psico-social o julgamento da legitimição do poder em Angola, porquê?
Se por um lado o maior número de militantes, a partida é um acrescentado nominal de   exibição de números, da pujança dos partidos, no  "Show Off"  da "Mídia",  ou do marketing pólitico, na competição dos números, comparativamente com os outros partidos, também é exaustivamente correto, olharmos numa outra perspetiva de análise, a da consciencialização dos cidadãos. Em analisarmos sem paixões, pontos de vista sobre o barómetro da nossa política doméstica.
 
 
 Há uma nova “RealPolitic” que vai imergindo nas sociedades democráticas, ela está cada véz mais dinâmica, cresce de forma geométrica, também desculpem pela linguagem, o fanatismo exacerbado está numa fase descendente, está crescer uma nova mentalidade no Mundo, e Angola não é exceção, se olharmos como referência as  recentes eleições em França, um anônimo candidato, foi eleito Presidente da República de forma expressiva, derrotando implicitamente os partidos tradicionais. Isso demonstra claramente aquilo que é a dinâmica das intenções de votos dos eleitores.
 
 
Olhando para esse prisma, os ventos da globalização, estão a ser um grande cavalo de tróia, nas sociedades modernas, cada vez mais libertinas e híbridas. Em agosto de 2017, as eleições  serão muito competitivas, a maioria dos angolanos irá votar com qualidade, outrossim, assiste-se uma evolução do voto qualitativo em relação do voto quantitativo inconsciente.
 
 
Hoje o voto popular  não se resume em paixões utópicas , existe um elevado número de literacia e maturidade política por parte dos jovens, maioritariamente mais de 70 % de eleitores é bastante jovem, é  uma visão bastante realista.
 
É importante saber que  em África as grandes molduras humanas não garantem apartida vitória, se esses processos não serem sérios.
 
OLHANDO PELA MATRIZ COMPORTAMENTAL E SOCIOLÓGICA DO NOSSO AMBIENTE ELEITORAL
 
É sintomático.
 
Se por um lado o país cimenta um marco histórico constitucional, na consolidação efetiva da nossa democracia, é positivo enaltecer que vamos construir a nossa quarta República, entrando na realização de três eleições consecutivas com uma certa normalidade. Por outro, é necessário também acabar com alguns  mitos e preconceitos, com alguma retórica do passado, na boca de alguns analistas, do tipo pseudo intelectuais, poucos esclarecidos de que o povo angolano é ainda muito atrasado, em angola ainda existe um elevado número de analfabeto, as transformações em Angola só daqui a 50 anos. 
 
 
É pura e simplesmente demagogia, faço essa bordagem com realismo. Maldita hora da globalização, uma arma silenciosa, o tal mundo das "Tecnologias de Informação" está a destruir o “establishment tradicional da politica contemporânea, hoje o que predomina é a multilpolarização de ideias, que são vectores que mobilizam de uma forma horizontal a perspetiva  analítica e global, na caracterização social das sociedades cada vês mais híbridas, modernas e participativa.
 
O COMPORTAMENTO DO VOTO.
 
Hoje o comportamento do voto nas sociedades liberais, que vigora é o voto psico sociológico, económico, material a curto prazo, aquilo que aspira sustentabilidade, fruto também da crise existencial de identidade idiológica que estão remetidas cada vés mais ao passado..
 
Esta evolução geométrica, não se resume apenas nas democracias ocidentais, o eco de ressonância chegou também em África, e Angola está inserida no contexto internacional, é necessário que os dirigentes políticos saibam reflectir com inteligência esses fenómenos, tem um efeito dominó na tendência do voto, hoje em dia vivemos numa sociedade bastante exigente consumista, insaciável e muito volátil. Essa volatilidade pode resumir-se positiva mas como também negativamente, não se pode pensar que nos dia de hoje, governar basta dar luz, agua, escolas e até emprego, o voto está garantido para o próximo o pleito, os escândalos financeiros de um mau gestor público pode comprometer o voto.
 
As tendências e as apreciações estão a mudar, engane-se os que pensam o contrário. Fim de citação:
 Gostaria também de fazer um apelo ao país, principalmente aos jovens da minha geração e não só, havidos de transformações, que o país não precisa de uma revolução, o país precisa de transição e depois uma transação pacífica.
 
 
Temos em primeiro instância ter uma atitude republicana, primeiro o país depois é que são os partidos,  porque o interesse coletivo deve  ser o maior ativo de uma sociedade. Assente numa cidadania forte  e participativa e mais interventiva. A partidarização excessiva da sociedade cria o burocratismo doentio, clientela atitude das pessoas, tudo por nada, vem da onde, filho de quem, a que  familia pertence etc. Esse linguajar comportamental não constroi, destroi signicamente o nosso já frágil e vulnerável tecido social, gera injustiça, cria assimetrias, privilegia grupinhos mal intencionados,  não cria pilares de um verdadeiro espirito de "Estado Nação" é necessário mudarmos o tal paradigma. 
 
 
Votar nos programas devidamente bem estruturados que suscitam confiança e realismo, não no populismo enganoso, de sonhos  irrealizáveis.
 
 
Mensagem para os Partidos Políticos
 
 O meu primeiro apreço de solidariedade vai para todos partidos concorrentes. Mas com alguma frontalidade que se impõe, serei coerente ao nível de sentido de Estado. O meu apelo vai necessariamente aos dois grandes "MPLA e UNITA", no meu "QI" de razoabilidade, entre os dois um sairá vencedor sem maioria absoluta. No caso em concreto a UNITA, tem sido o grande baluarte da consolidação de democracia, no fortalecimento do nosso contraditório de ideias , com algum mérito na pessoa do seu Presidente, Dr. Isaías Samakuva, um homem  pacífico e de Paz, de forma sábia e inteligente tem  sabido levar a UNITA nos mais elevados patamar  a altura de sua grandeza  política.
 
 
O MPLA, evidentemente trouxe algumas conquistas é necessário também enaltece-las se por um lado governa o país a mais de quarenta e poucos anos, reclama por ter declarado a Independência Nacional, teve oportunidade suficiente de servir melhor os cidadãos, não há consciência curta, o País tem rumo sim senhor, há novas infraestruturas, Escolas, Hospitais, etc., Mas a qualidade dessas infraestrutura será um álibi suficiente?  se por um lado existe o mérito, também por outro  existe o demérito do poder, principalmente no que toca a corrupção e a pobreza extrema com algumas  assimetrias por se resolver.
 
Faltam muito pouco para as eleições, a pergunta que se impõe com alguma incerteza é o seguinte:   O MPLA estará preparado caso perca as eleições? Não concordo com o tipo de política do inevitável, do deve se ganhar sempre, é fatal,  o plano B também deve ser equacionado na perspetiva da tranquilidade, porque qualquer um dos senários possíveis no dia 24, a estabilidade do país dependerá mais da boa vontade política do MPLA, não nos partidos da oposição, fruto dos vários compromissos externos e internos, há muito poder em jogo dentro da estrutura castrense, isso é mesmo verdade.
 
Só o MPLA de forma sábia e inteligente poderá faze-lo, e isso não deve trazer calafrios e alguma alergia de susto, haja serenidade, às nossas conquistas ultrapassam os interesses caprichosos. 
 
 
a) Peço encarecidamente, na pessoa do camarada presidente Eng.º Josê Eduardo dos Santos, que é o garante da transição pacífica em Angola,  e as lideranças políticas do nosso País, a escassos dias das eleições um pacto de estabilidade, isso urgente.
 
 
b) Peço um encontro urgente, dois dias antes das eleições, um encontro fraternal e descontraido de todos cabeça de lista dos partidos,  já que não haverá debates, com a mediação do nosso cardeal, Don Filomeno Vieira Lopes, da igreja católica, para que todos os candidatos se cumprimentem de forma patriótica, não é saudável, num processo eleitoral, nenhum dos candidatos se cumprimenta atravez de um aperto de mão, parabeniza – lo de forma aberta com um sorriso, nem que seja irónico.
 
Este gesto, transmitiria uma certa confiança, eu acho que estaria imbuindo num simbolismo de concórdia, no espirito de que ganhe o melhor, afinal de contas somos todos Angolanos.
 
Acho que fiz o meu exercicio de cidadania, assente no verdadeiro espirito Republicano,  desprovido de qualquer preconceito Partidário.
 
Viva a Paz e Viva Angola, porque amo a minha querida pátria.
 
  “Obrigado”