Luanda - Como em qualquer parte do globo, Angola não é e nem deve ser excepção, e devemos todos nós  participar de forma patriótica, participativa e activa na vida política do nosso amado país, e assim garantindo para que as decisões que afectam as gerações presentes e vindouras, sejam bem consideradas e contabilizadas...


Fonte: Club-k.net

Hoje em dia, no nosso país, surpreendentemente grandes proporções de angolanos professam não ter interesse na política. Mas no entanto, nas conversas em vários lugares como, restaurantes, bares, cafés e nas barracas  em torno da Chicala da ilha de Luanda e não só, é difícil encontrar alguém que não tenham formulado uma opinião sobre as últimas notícias do quotidiano angolano. A substância destes debates e argumentos informais são as mesma que os debates que  realizam-se no nosso parlamento e nos meios de comunicação social, sendo assim a melhor forma de organizar a sociedade em que vivemos, que em suma é o desenvolver do fenómeno politico.


Sabendo ou não, a verdade é que a política afecta cada aspecto das nossas vidas. Portanto, devemos nos interessar pelas formas como a política entra em contacto com as nossas liberdades, nos protege do mal, ou oferece nos a liberdade para nos envolvermos no processo político, facilitando a escolha como a nossa sociedade deve ser organizada, governada e regulamentada – o negócio da política.


As regras e os regulamentos, os direitos e as responsabilidades, os deveres e os benefícios, são pormenores da política, como são decididos e por quem são detalhes da  da filosofia política.


Na verdade, poucos sujeitos - excepto talvez desporto ou religião – despertam tanta paixão como o exercício da arte política. Os Militantes e simpatizantes de qualquer partido político ou ideologia podem mostrar tanta lealdade quanto os outros que fazem à equipa de futebol local, e por qualquer motivo, parecem terem fé absoluta na validade dos seus ideias.


Aristóteles, uma vez afirmou que o homem é um animal político, o que realmente significa que os seres humanos são por natureza, seres sociais, e tendem a viver e trabalhar juntos e em grupos, e para funcionar adequadamente, esses grupos precisaram sempre de ter um sistema político subjacente. Grupos de famílias têm, ao longo do tempo desenvolvido em comunidades tribais, aldeias, eventualmente, cidades e estados. Para que os membros dessas sociedades funcionem como uma unidade, teve sempre de haver alguma organização e autoridade para assegurar o bem-estar do estado-nação.


Argumentos de políticos e seus partidários de todos os lados do espectro político angolano visam persuadir-nos do seu ponto de vista, e as notícias nas médias, às vezes, tendem a ser apresentadas com uma perspectiva necessariamente tendenciosa. Ao invés de simplesmente aceitar as opiniões políticas que são promovidas por aqueles que procuram o nosso voto ou empurrando uma agenda política. Muitos de nós pensam que facilmente podemos fazer as nossas mentes. Mas, para fazer isso, precisamos de estar cientes de todas as opções, o pensamento por de trás deles e suas implicações. Precisamos estar em posição de poder formular opiniões políticas racionais, ou pelo menos ter uma justificação informada para as crenças que já defendemos e, esperamos, aproximar-se das urnas com mais convicção e confiança e ser mais persuasivos nos debates em qualquer lugar em que poderemos nos encontrar a defender os nossos ideias.


No entanto, um interesse pela política não deve ser algo que deve incomodar a maioria dos angolanos. Talvez não seja surpreendente que estejamos cansados e desiludidos, quando parece que perdemos para quem votou. Mas é importante nos interessarmos pela política, ao invés de relaxar os ombros ou simplesmente reclamar a forma como o governo está administrando os recursos humanos e naturais do nosso país.


Aqui estão algumas excelentes razões pelas quais recomendo  todos nós a desenvolver um interesse na e pela política:

1. NÓS OBTÊMOS O GOVERNO QUE MERECEMOS...
A primeira razão pela qual devemos nos preocupar com a política é que é importantíssimo votar. Se não votarmos, então quase perdemos o direito de reclamar sobre quem outras pessoas votaram para o parlamento e para formar o Governo nos próximos cinco anos. Portamos, se pretendermos exercer o nosso direito ao voto, então devemos primeiro nos informar sobre o programa que cada um dos partidos apresentam, isto antes de tomarmos a decisão final de votar, e assim descobrir diferentes políticas sobre os temas que mais importam para nós.


2. A POLÍTICA AFECTA TODOS NÓS...
Não existe ninguém em Angola, particularmente angolanos, que não possam ser afectados pelas decisões que os nossos políticos tomam, quer a nível local, nacional ou na esfera internacional. Afinal de contas, somos nós que financiamos as decisões e políticas dos nossos governantes e representantes, e então devemos estar cientes do que está sendo feito em nosso nome. Também temos o direito de expressar nossa insatisfação com os resultados dessas políticas. Portanto, é muitíssimo importante refletirmos sobre os programes e promessas feitas nos últimos cinco anos, e tentarmos percebermos de facto quais foram cumpridas na sua totalidade, e se não foram cumpridas, se foram dados motivos plausíveis que justifiquem os incumprimentos  dos programas apresentado no passado, para melhor apreciamos a racionalidade política e fundamentais das novas promessas, para este novo ciclo eleitoral. 


3. MOLDAR O FUTURO...
Não se consegue moldar o futuro sem reconhecer a história, se os programas políticos e promessas do passado foram executados na sua íntegra. Portanto, a conscientização é importante por si só, mas ter um interesse participativo e activo na política também pode ser uma acção inteligente. Seja o que for, se militamos ou simpatizamos num para com um determinado partido, colaboramos com e como activistas locais, ou se somos um cidadão simples, o nosso envolvimento directo na política pode permitir que desempenhamos um papel crucial em moldar as futuras estruturas políticas do pais.


Isto é particularmente verdadeiro a nível local, que é algo que afecta as nossas vidas quotidiana de forma mais imediata. Então, se sentirmo-nos fortemente sobre uma questão de importância local, nacional, temos de nos  envolvermos directamente e ter a satisfação de trabalhar para melhorar as nossas comunidades.


4. CONTRIBUIÇÃO...
Se nós acreditamos fortemente em questões que ajudem melhorar o sistema de educação, saúde, criação de emprego, melhores condições para as nossas crianças, idosos, mulheres, ex-combatentes, ou preocupado com os direitos dos  prisioneiro? Seja qual for a sua causa e interesse,  as ferramentas tecnológicas como Face book, Twitter e Internet em geral podem ser usadas para promover rapidamente questões de importância política. Ao tomarmos um interesse na e com a política, conseguimos usar essas ferramentas e outros métodos para fazer uma contribuição para as causas que sejam de importância para nós.


5. LEVANTE-SE PARA SUAS CRENÇAS...
Nós muitas das vezes resmungamos sobre questões políticas, mas a verdade é que agindo desta maneira não vai realmente ajudar a melhorar nada. Portanto, se queremos melhorar as nossas condições, então precisamos de uma maneira participativa e activa para defender os nossos bons valores e crenças que beneficiem os angolanos no seu todo, isto é em comum de Cabinda ao Cunene, Lesto e Oeste. Portanto, ao tomarmos um interesse activo na política, podemos nos tornar mais informado sobre o estado actual de uma determinada questão e identificar o que se precisa  de ser feito para tentar fazer as transformações de melhoramentos e mudanças que desejamos para o bem de todos os Angolanos Norte – Sul e Este - Oeste.


6. PROTESTAR...
É muito raro que os políticos façam mudanças positivas na legislação, a menos que sejam alertados pela opinião pública! Protestar (legal e pacificamente) sobre questões importantes faz com que o governo perceba que nós os cidadãos angolanos estamos infelizes com certos comportamentos e buscamos melhoramentos e até mudanças. É claro que os protestos não funcionam sempre, mas nada vai mudar se não tentarmos.


7. CONHECIMENTO ...
No estágio democrático em que nos encontramos, é extremamente importante tomar consciência do que se passa à nossa volta, a nível nacional e internacional. Portanto, devemos encontrar fontes de notícias confiáveis e manter-se informado sobre assuntos nacionais e internacionais actuais. A política não é apenas um tópico chato que devemos fingir que não está acontecendo; Há muita apatia, e embora pareça que não faz diferença de quem está no comando, sem termos o interesse e o conhecimento dos temas relevantes para o exercício da política, não vamos estar em condições para contribuir positivamente para uma Angola melhor e cada vez mais transparente, e conformidade com as leis  nacionais e internacionais e democrático.


Uma angola com um índice baixo de  corrupção,  com um sistema de ensino competitivo ao nível nacional e internacional, melhores condições de sistema de saúde, mais investimentos e valorização ao homem Angolano, com uma economia diversificada, sistema financeiro infraestruturado e que funciona, transparente, em que os agentes económicos actuam sempre em conformidade com as regras e regulamentos nacionais e internacionais, que permitem aos angolanos exercerem as suas liberdades económicas em todas esfera da economia angolana –portanto, que não haja um determinado sector ou subsector em que um angolano não possa entrar e singrar, seja qual forem os motivos. 


Espero que os pontos acima citados sejam suficientemente e capaz de convencer qualquer um de nós, a nos empenharmos e exercermos o nosso direito cívico de votar no dia 23 de Agosto de 2017  e doravante, para  como umas formas para melhor contribuirmos o nosso pais a desenvolver e alcançar o seu potencial máximo - devemos nos preocupar com as políticas angolanas.


Pensadores políticos pensaram em explicar instituições e práticas, aconselhar governantes, defender valores e princípios, ou criticar o mundo em que se encontravam. Eles se concentraram estreitamente em instituições de governo, legisladores e no exercício do poder coercivo, ou mais amplamente no carácter de uma sociedade. Dito isto para ponderarmos a quem então pertence o nosso VOTO?


- Ao partido em que militamos ou a consciência pessoal -para um programa político que melhor coincida com as aspirações patrióticas que possam beneficiar tanto as gerações presentes como as futuras, facilitando a criação de melhores sistemas educativos e de educação, médicos, de emprego para todos, especialmente os recém-licenciados, Políticas econômicas, que aumenta a liberdade econômica para os angolanos, melhores programas de aposentadoria para os idosos e antigos combatentes que já contribuíram muito para Angola etc.?


Por uma Angola melhor e mais, transparente, em conformidade e democrática.