Luanda - A política como ato de governação de uma grande coletividade é algo complexo, e como tal, um fenómeno com características próprias que deve ser bem estudado.

Fonte: Club-k.net

Tem objeto e métodos próprios, é dirigida à satisfação de necessidades complexas, e não deve ser tida de ânimo livre. E, uma ciência tem que estudar cautelosamente os processos de tomada e exercício do poder, principalmente para evitar que grupos hegemônicos sejam “eternos” na governação em detrimento de minorias expressivas ou minorias sem expressão.

 

No caso de Angola, é necessário que todos os representantes dos partidos opostos ao hegemônico se reúnam a fim de refletir formas de tomarem o poder e promoverem uma real democratização nacional, porque o sistema de governo é claramente uma hegemonia mantida com ajuda do clientelismo, favorecido por dinheiro e poder.

 

Os partidos da oposição devem compreender urgentemente que não se trata de uma luta em igualdade de posições, e portanto, nunca ascenderá ao poder político em angola outro partido além do MPLA, e nenhum candidato sem seu apoio de governará, isso pelo simples fato de serem eles os hegemônicos desde 1975.

 

O presidente do MPLA é também o presidente de Angola, é o presidente do parlamento, o presidente do tribunal supremo e o presidente do tribunal constitucional; é o presidente de todas empresas públicas. É o real chefe de todos os exércitos, é o presidente da política, é o chefe que escolhe os ministros e os demite por decreto, é o detentor de um poder inquestionável, quando acuado, manda neutralizar os opositores da maneira mais “TERRORISTA” possível, e este presidente e partido usam de todos os meios para governarem o parlamento com uma maioria ABSOLUTA, mesmo quando o mundo sabe que trata-se de um dos países cuja população é seguramente das mais sofríveis do mundo. Este paradoxo apenas pode ser explicado de uma maneira:

 

- Angolanos são dementes para, mesmo sofrendo tanto, elegem continuamente um governo cujo partido os afunda na miséria, enquanto sua elite gasta seus milhões de dólares na Suíça, França, Alemanha e Inglaterra, com Carros, Casas, Universidades e luxúria. Ou,

 

- O partido MPLA só pode ser eleito e permanecer no poder com fraude e sem legitimidade popular, já que a fraude, o engano, a gasosa, o jeito, o biolo, é cultural neste país. Não sentem nenhum peso de consciência por mentir, enganar, roubar, corromper e desvirtuar qualquer processo eleitoral, porque são dados à métodos maquiavélicos.

 

Seja como for, partidos da oposição ao MPLA, grupos de pressão apartidários, Igrejas sérias cujo ideal é Amor, Justiça, Paz e Verdade, devem repensar a trajetória da política Angolana e o rumo que pretende tomar. Desse ano, 2017, até 2022, deve-se refazer a estratégia para ascensão ao poder político. Ao invés de acreditarem na utopia, juntem-se todos numa única plataforma política oposicionista ao sistema e com ciência, paixão, determinação, inaugurarem a DEMOCRACIA EM ANGOLA.

 

Enquanto oposição, e na oposição, é necessário incentivar e cultivar princípios de respeito a verdade democrática, a ética e solidariedade. A unidade faz a força, então a oposição angolana deve unir-se em uma só voz conta o despotismo.

 

Em Angola, não há democracia. Há demagogia.

 

Enquanto formos governados por uma organização fundada sob a ideologia Marxista-leninista, para qual os fins justificam o uso de todos os meios, NUNCA HAVERÁ JUSTIÇA NESSA NAÇÃO.

 

Os magistrados angolanos são servos do seu Rei. Os juízes fecharão os olhos à verdade democrática com medo de perderem seus cargos e as suas vidas, já que aqui é o presidente quem escolhe a dedo todos os juízes dos tribunais. Mas um povo unido, tanto bate que um dia conseguirá a mudança que procura.

 

Unamo-nos em torno de Angola contra a corrupção, mentira e o despotismo, e façamos uma oposição inteligente, não apenas emotiva.

Domingos Eduardo.