Lisboa – O general Geraldo Sachipengo Nunda é o único dos altos  responsáveis   das chefias militares e de segurança do regime angolano cujo o nome não consta no despacho do Presidente da República cessante, José Eduardo dos Santos para ter o seu mandado estendido para mais quatro anos. 
 
Fonte: Club-k.net
 
A exclusão  do seu nome é vista como um indicador de que o próximo chefe de Estado Maior General das FAA deverá ser escolhido /indicado pelo  Presidente eleito, João Manuel Gonçalves Lourenço.  O general José Luís Caetano Higino de Sousa “Zé Grande”, recentemente nomeado chefe do Estado Maior General adjunto das FAA para a área operativa e de desenvolvimento é referenciada em meios militares  como sendo a preferencia de Lourenço para substituição de Geraldo Sachipengo Nunda. 
 
 
Oriundo das extintas FALA, da UNITA, o general Geraldo Sachipengo Nunda esteve desde Fevereiro de 2001, como Chefe de Estado Maior  General  Adjunto das FAA e em 2010, passou a titular do cargo. 
 
 
Na historia das FAA, o general Nunda foi   o único CEMGFAA  com  menos poderes. Meses antes de ser nomeado,  para o actual cargo,  o Presidente JES retirou alguns poderes da figura do CEMGFAA e transferiu  para o então  ministro da Defesa Nacional, Candido Van-dúnem.
 
 
Na altura,  este  esvaziamento de poderes deu lugares a interpretações  de que mais que uma “justa promoção” a nomeação do general Numa foi uma medida do regime destinada a publicitar a imagem do Presidente José Eduardo dos Santos (JES)  como uma “figura de inclusão e que não olha para origem partidária dos quadros”.
 
 
Quando foi nomeado para o cargo de CEMGFAA, surgiram interpretações, me meios hostis ao regime de que a sua promoção seria uma medida de artificio destinada a  publicitar a imagem do Presidente  José Eduardo como uma figura de inclusão e que não olha para origem partidária dos quadros. Martins Cruz, um politico português que agora trabalha conselheiro do governo angolano tem estado a  usar a nomeação do general Geraldo Nunda como  exemplo de  inclusão de JES. 
 
 
Os outros chefes militares  e do aparelho de segurança e ordem publica e seus respectivos  adjuntos  deverão, entretanto  manter-se nos seus cargos por mais um mandato de 4 anos, conforme vontade do Presidente JES expressa num decreto presidente.  Refira-se que em condições normais eles, na sua maioria deveriam cessar funções. 
 
 
O Chefe dos Serviços de Segurança Militar, o General António José Maria esta neste cargo há 16 anos sendo nomeado em Março de 2001. Conforme vontade de JES, o mesmo deverá ficar mais quatro anos no cargo, na altura em que completar 78 anos de idade.  De seguida está,  o  comandante geral da Polícia Nacional, Ambrósio de Lemos Freire dos Santos, no    cargo há 11 anos. Isto é,  foi  Ambrósio de Lemos  nomeado em Novembro de 2006. 
 
 
De acordo com juristas em Angola, caso João Lourenço desejar fazer mudanças neste sector terá de  revogar a lei aprovada por José  Eduardo dos Santos que o impede de mexer nas chefias militares e de segurança. 
 
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