Luanda - Especialistas das Nações Unidas (ONU), que lidam com questões das pessoas desaparecidas à força, incluem Angola na lista de 43 países com casos registados.

Fonte: Novo Jornal

Um relatório, que está a ser analisado esta semana em Genebra, na sede do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, coloca Timor-Leste à frente dos países de língua portuguesa com mais de 400 casos pendentes.

 

Para além de Timor-Leste e Angola, esta lista inclui ainda Moçambique e Brasil entre os países lusófonos e contém dados sobre 350 casos ocorridos em 43 países.

 

Na 113ª sessão dos peritos em Direitos Humanos da ONU, a análise vai incluir os desaparecimentos forçados ocorridos no contexto da migração, de conflitos e outras situações reportados em todo o mundo.

 

Em privado, os especialistas analisam alegações gerais recebidas sobre os obstáculos encontrados na implementação da Declaração da ONU sobre a "Protecção de Todas as Pessoas contra o Desaparecimento Forçado".

 

Durante a próxima semana, o grupo de Trabalho da ONU sobre desaparecimentos forçados ou involuntários deve encontrar-se com representantes de desaparecidos, da sociedade civil e das autoridades de diferentes países.

 

De acordo com este relatório da ONU, o objectivo das sessões é trocar informações sobre casos individuais e a situação geral.

 

O documento destaca Timor-Leste com 482 processos. Dos países de língua portuguesa seguem-se Brasil com 13, Angola e Moçambique com dois cada um.

 

Em um ano, o grupo disse ter reportado 1 094 novos casos de desaparecimento forçado em 36 países, estando incluídos na lista ocorrência reportadas desde o Iraque, Afeganistão, à Índia, Sry Lanka...