Luanda - O presente artigo de opinião, visa analisar a missão resguardada da ocupação imensa de uma primeira – dama. O papel de uma primeira - dama, muitas das vezes, não se faz notório no curso de seu cargo sócio - político, em virtude de muitas primeiras – damas, não veicularem tal posicionamento político – social, no círculo do seu exercício laboral, enquanto primeira - dama.

Fonte: Club-k.net

Afinal, de contas, uma primeira – dama, não é apenas uma companheira do Marido (Presidente da República), mas sim uma coadjutora do cargo ocupado pelo Marido, exercendo, desde logo, papel de esposa; companheira, braço direito, conselheira, administradora do lar, e responsável primeira pelo equilíbrio emocional, familiar, face aos tortuosos ventos advindos da esfera vertiginosa e conflituosa do poder ou da vida que lhes é entregue pelo cargo que se arca.

A partir dos pressupostos da Análise de Discursos de Políticos Franceses e com base em Orlandi, Pêcheux, Ernst e outros autores, nos predispusemos a redigir com a mais alta responsabilidade, ética e cívica, o presente artigo de opinião, exaltando, desde logo, o importante papel de uma primeira – dama, como uma mulher, dotada de qualidades à quem dos interesses que relevam a posição, político – social de uma primeira - dama da República à altura do cargo a sua posse.

Os sentimentos da necessidade de uma Primeira – Dama, ocupando tal papel de facto, sempre existiram em vários Chefes de Estados de variadas nações, independentemente da sua origem, cultura, raça ou religião. A história das sociedades está recheada de factos demonstrativos desta afirmação. Para que um Chefe de Estado se senta seguro, confortável, equilibrado e disposto ao exercício do cargo, há que existir uma primeira – dama com marcos intelectuais, cívicos, éticos, sociais, políticos, protocolares, posturais, urbanos, administrativos, bem como balizas voltadas ao companheirismo e ao exercício do princípio feminista que visa agradar ao homem exercendo o efeito de socorro e afectuosidade emocional e familiar em horas boas ou em horas más. Neste contexto, a mulher, domina, antes de tudo, o próprio poder presidencial, por ser este iniciado no seio da família, em virtude do equilíbrio familiar, vir a ditar o equilíbrio do exercício do poder presidencial, neste prisma, qualquer transtorno de natureza familiar ou amoroso, afectará de forma directa ou indirecta, o exercício do poder de maneira equilibrada e efectiva, o papel de uma primeira – dama, é desde então, importantíssimo e completamente insubstituível.

Pois que, variadas Esposas de Chefes de Estados, podem não exercê – lo, de facto, passando desde então, apenas a exercer um papel figurado, não evidenciado na experiência prática do quotidiano.

Neste ângulo, não se pode subestimar, o relevante papel que ocupa uma primeira – dama da república, ela, é desde logo, um segundo grau de Presidente da República figurado no lar Presidencial. Não se fala também de equilíbrio de liderança, enquanto não se faça relevado o papel da mulher para tal fenómeno, o poder, circula na pessoa da mulher e da família, a satisfação das necessidades de saúde e segurança do homem, encontra-se assim apegada, no primeiro plano à pessoa da mulher. Uma boa companhia, gera equilíbrio, optimismo, vitórias e sucessos, no ritmo do exercício laboral de qualquer homem independentemente do cargo que venha ocupar, uma má companhia gera descalabro desmedido, há uma dimensão exasperada.

Em todo o decorrer da História, verificamos que a figura feminina exerceu sempre o papel fundamental sobre o exercício do poder pelo homem, aliás, o poder esteve sempre ligado à pessoa da mulher que neste prisma está ao lado do homem.

1. PRIMEIRA-DAMA

Primeira-dama, é o título informal que se dá à esposa de um governante em várias esferas do poder. Refere-se sobretudo à esposa do presidente de um país, mas também se aplica aos casos de governador ou prefeito. O marido da pessoa que é eleita para um cargo político, por sua vez, é chamado de primeiro-cavalheiro. Já a esposa de um monarca reinante é conhecida como Rainha Consorte.[1]
A criação do título é creditada ao ex-presidente dos Estados Unidos Zachary Taylor (1849 – 1850), o qual chamou Dolley Madison, esposa de James Madison, de «primeira-dama» (First Lady, em inglês) durante o funeral desta, em 12 de Julho de 1849, enquanto recitava um elogio escrito por ele mesmo.[1]
A princípio, a primeira-dama, não possui funções oficiais dentro do governo, mas costumam participar de cerimonias públicas e organizar acções sociais, tais como eventos beneficentes.[1] Além disso, uma primeira-dama carismática pode ajudar a transmitir uma imagem positiva de seu marido à população.[1]
2. PRIMEIRAS-DAMAS EM ANGOLA E EM PORTUGAL

Em Angola, é um título que surgiu com a pessoa de Sua Excelência Senhor Presidente Célebre Engenheiro José Eduardo dos Santos, tendo a Sua Excelência Senhora Dra Ana Paulo dos Santos, assumido essa importantíssima missão desde que se uniu à pessoa do Presidente da República em 17 de Maio de 1991, e aos nossos dias, está consagrado na Carta Magna vigente no País.
Em Portugal, a legislação não prevê a existência do título de «primeira-dama», embora informalmente a esposa do presidente da república receba essa deferência. A ausência do título advém da presunção de que uma vez que não foi eleita é apenas uma cidadã comum, mesmo sendo esposa do presidente. Em Portugal, são sobretudo os jornalistas televisivos, por facilidade de expressão ou por desconhecimento, que usam o termo «primeira-dama» ao se referir à esposa do presidente.

Um segundo papel de Primeira – dama em Angola, será ocupado pela Dra Ana Dias Lourenço, uma vez que esta é esposa do actual «Chefe de Estado e Presidente da República de Angola, Sua Excelência Senhor Inédito General Dr João Gonçalves Lourenço», tratando – se, desde então, duma mulher carismática, erudita, excelente politóloga, de dimensão universal no plano da diplomacia, e dotada de propriedades intelectuais desmedidas, uma mulher com alta esfera administartiva e com um currículo de tamanho extraordinário, que aliás, sabe o acaso, que este cargo, a catapulta, quiçá para o futuro, como uma das mulheres ao lado da Engenheira Isabel dos Santos, com potencialidades para assumir um dia, no futuro, os demais cargos políticos de alto-relevo, mesmo que se reveja na pessoa de Vice – Presidente da República ou mesmo de primeira mulher Presidente da República em Angola.

1. O IMPACTO DA IMAGEM DA PRIMEIRA – DAMA SOBRE O PODER PRESIDENCIAL

A valorização da imagem é o epicentro do poder de uma Primeira – dama da República, em virtude da imagem apelar à atracção do olhar social, aumentando desde então, a aceitação do marido no panorama sócio – político, bem como a receptividade em missões de natureza diplomática.

A primeira – dama, recebe de forma recíproca o incentivo de tal papel por parte do esposo, porém, deve ser esta, de maneira voluntária, pre – disposta a exercê – lo sem pressão do esposo, pois que, um mau exercício, do papel de primeira – dama, pressupõe uma péssima companhia ao marido, e um bom exercício do papel de primeira-dama, pressupõe um bom trabalho, transmitindo desde então, uma imagem positiva feminista inerente à pessoa de mãe, da esposa, profissional, sustentando assim, de maneira equilibra o poder que lhe é entregue à exercer, e, consequentemente, uma sustentação de poder ao marido e possível estratégia para a manutenção do cargo.

Segundo Silva, “a noção de imagem pressupõe a existência de uma realidade que a imagem simplesmente reproduz”. O conceito de imagem está intimamente ligado à reprodução e ao reflexo da realidade. [3]


2. A GESTÃO DE POLÍTICAS DE ASSISTÊNCIA

No posicionamento, das veste de Primeira – dama da República, não cabe mais, espaço para gerir a assistência em particular, todavia, a assistência que era vista numa esfera mais restrita, passa a ser inserida num contexto mais abrangente, sendo desde logo, implementada na óptica da assistência enquanto política pública, baseada nos direitos, inclusão e universalidade, estabelecidos através da Lei Magna vigente no seu País.

Encarando ao longo do exercício do cargo, a necessidade da implementação na esfera prática da política de assistência pública, de acordo com a Lei Magna vigente no seu País. [2]


3. POSICIONAMENTO REAL DE UMA PRIMEIRA - DAMA

Muitas das Primeiras – damas, deparam – se com conflitos relevantes em relação ao assumir o papel que lhes foi confiado, no que tange a construção de um legado que não apenas relevá – la – á, no seu futuro, até mesmo a posições de futura candidata à Presidência da República, como também, a privação da vida, passando apenas ao exercício de uma missão que para muitas das primeiras – damas, passa a ser um verdadeiro incómodo, por se depararem privadas de liberdade, de lazer, de tempo para si e para o amparo família em particular. [2]

Para muitas mulheres, o rótulo “primeira-dama” parece estar “camuflado” de significações as quais, em grande parte, são “rejeitadas” por elas, no decurso do exercício de tal papel. [2]

Para muitas mulheres, o papel de Primeira – dama, é incomodativo, preenchido de inúmeras tarefas para além de suas aspirações pessoais, que deixa – as não viver a vida como muitas gostariam que fosse, passando a dedicar – se de forma cerrada ao País em particular e a Casa Presidencial. [2]

Para muitas mulheres, há um misto de rejeição pela denominação “primeira-dama”, o que demonstra um conflito interno diante de um termo que antes, provavelmente, era pauta para discussões e críticas pessoais. [2]

Almeida critica a imprensa feminina Brasileira, que se vangloria de prestar serviços às mulheres, afirmando que não é necessário deixar de lado temas como moda, beleza, decoração e temas afins, mas que necessário abrir espaço em sua pauta para assuntos de real importância, mostrando que a mulher deixou de ser a mulher escondida atrás de um grande homem, "que, como fez questão de enfatizar o presidente Lula, sois "companheiras "no sentido mais amplo da palavra?", aproveitando para falar sério e mostrar as actividades sociais sérias e responsáveis que lhes cabem. [3]

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1. Consorte de político (online). [Acessado em: 21 de Setembro de 2017]. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Consorte_de_pol%C3%ADti.

2. Miche MO. Uma análise discursiva a cerca da formação ideológica envolvendo mulheres. (2005?).

3. As Primeiras-Damas na actualidade: Qualificação Técnica e Mediação Social. Acesso em: 20 de Setembro de 2017. Disponível em: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/15501/15501_7.PDF.

AUTOR: João Henrique Hungulo - Médico Generalista, Professor Universitário (ISPAJ e outras), Pesquisador de Ciências Médicas, docente da Escola de Formação de Técnicos de Saúde de Luanda, Poeta, Escritor.