Luanda - Prevenir tem sempre um custo menor que reparar. Nos últimos anos o mercado segurador em Angola tem registado um índice de crescimento em matéria de subscrição e aceitação de riscos nos mais variados tipos de seguros oferecidos pelas diversas seguradoras do País. Hoje o mercado conta com mais de (25) seguradoras, mais de 50 correctoras (Pessoa Jurídica) e um número considerável de mediadores (pessoas físicas)

Fonte: Club-k.net

Este número de Players no mercado, comparado com o crescimento económico nos últimos anos no País, ainda é insipiente face aos desafios que a nossa economia enfrenta comparada com os países da região, precisamente olhando de modo particular e como indicador ao mercado sul-africano que mais cresce e o mais robusto em termos de oferta e índice de crescimento no ramo.

 

A taxa de penetração no mercado ainda é muito baixa, um dos factores associados a esta situação, é a falta de cultura de seguros por parte dos cidadão, e para tal, é necessário, urgente e importante realçar que as instituições no mercado bem como os profissionais têm a tarefa de continuar a trabalhar para inverter o quadro, disseminando cada vez mais a importância social e económica dos serviços oferecidos pelas entidades seguradoras e Fundo de Pensões

 

O sector Segurador e de Fundo de Pensões, tem grandes desafios para a economia, resultante do peso que este possui para contribuição no PIB (Produto Interno Bruto), bem como o investimento que as empresas seguradoras oferecem através da aplicação dos prémios dos seguros no mercado financeiro fruto do ciclo de investimento.

 

Os seguros são autênticos geradores de emprego (directos e indirectos).

 

Os seguros contribuem para o PIB, podemos dizer que é um importante sector que deve continuar a merecer a atenção do estado e para tal as seguradoras tem feito o seu papel como agentes do mercado procurando elevar o grau de compromisso com a sociedade e o estado, diversificando a oferta dos produtos e respondendo a curto médio prazo às necessidades dos segurados.

 

Trata-se de um grande desafio, começando pelo elevado nível de incompreensão por parte dos cidadão em assegurar seus bens por um lado e por outro, é facto que em Angola os estudantes começam a tomar contacto na generalidade com a matéria de seguros e suas garantias muito tarde, isto é, muitas vezes começa no ensino superior. Temos que mudar o quadro, temos necessidades de mudar o quadro sim. A cultura de seguro deve começar no ensino médio, contando que os estudantes do ensino médio começam a desenvolver suas capacidades e habilidades em matéria de empreendedorismo nesta fase escolar deforma organizada.

 

Uma outra questão que se levanta, é o papel do estado em continuar a trabalhar para que as entidades reguladoras e supervisoras eliminem as imperfeições no mercado, capacitando as instituições com condições técnicas e sociais para que trabalhem de modo eficiente ajustando o trabalho dentro dos padrões normalmente aceites, visando responder os objectivos preconizados. Não podemos deixar a responsabilidade das instituições na rua, temos que trabalhar mais, é através do trabalho com responsabilidade que passaremos a incentivar os cidadãos a subscreverem apólices de seguros, desde os obrigatórios até os facultativos.

 

O Estado Angolano, deve continuar a trabalhar para preservar todos os êxitos conquistados nos mais variados sectores da vida até aqui, de modos que se possa investir em outros sectores. A contribuição do sector segurador para o BIP mesmo sendo incipiente comparado com os outros países da região, deve merecer maior atenção do estado, só Assim atingiremos os índices necessários para fortalecer cada vez mais a nossa economia.

 

Os seguros são transversais em todos os sectores da vida económica e social, o sector dos seguros é um importante ramo porque ajuda na organização do estado, na medida em que este assume responsabilidades (sinistros) em forma de contratos, que poderiam ser acarretadas pelo estado, aliviando desta forma a sua balança de pagamento e as despesas públicas. Existem responsabilidades até aqui assumidas pelo estado, que deveriam ser assumidas pelas seguradoras, por isso elas existem, como entidades complementares da gestão e funcionamento do estado.

 

Perante a nova dinâmica e os desafios da nossa economia, rumo ao desenvolvimento da indústria e da elevação do grau de estabilidade social das famílias e das empresas, os seguros representam um papel importantíssimo para garantir a continuidade destas em caso de ocorrência de algum sinistro, sem que necessariamente ocorra a intervenção directa do estado.

 

Não podemos esquecer que os seguros são factores de desenvolvimento pela sua característica comunitária, visando envolver todos os agentes no decorrer de um sinistro, atraindo assim, mais subscritores, fazendo com que as perdas sejam cada vez mais reduzidas e que possam correr mais riscos. O modelo existente em outros países já provou que a subscrição de seguros se tornou economicamente eficazes e ajudam alavancar a economia e o desenvolvimento económico e social das sociedades.

Em angola, Assistimos nos últimos anos no sector segurador, a entrada de várias companhias de seguros, Entidades gestoras de Fundo de Pensões bem como Mediadores e correctores de Seguros, isto não significa qualidade de serviço, mas sim quantidade, é preciso que a diversificação e a injecção de novos actores, traga qualidade e que esta responda as expectativas do Executivo e dos cidadãos de modo geral, é para tal é preciso regular, controlar e direccionar.

 

Para que possamos vislumbrar um sector actuante, envolvente com o objectivo de rentabilizar a sua contribuição para economia é importante que seja efectivada a fiscalização e a regularização do sector, a medida do crescimento e desenvolvimento do País e da economia, este último através da ARSEG (Agência Angolana de Supervisão de Seguros), através do Decreto Presidencial no141/13, de 27 de Setembro a Arseg é o órgão especializado ao qual incumbe a regulação, supervisão e acompanhamento da actividade seguradora, resseguradora, de fundos de pensões e mediação de seguro e resseguro, a sua competência, abrange, nas matérias da sua aptidão com todas as autoridades nacionais, em especial com o Banco Nacional de Angola e Comissão de Mercado de Capitais, para assegurar a protecção dos direitos e obrigações de todas as partes intervenientes no sector, com vista a assegurar a eficácia da supervisão global do sistema financeiro, o equilíbrio das contas públicas e a prevenção de ocorrência de riscos sistémicos, dever de fazer funcionar todos mecanismos de actuação sob sua competência, com particular realce para os seguros Obrigatórios.

 

Não podemos deixar de mencionar, que para as seguradoras funcionem, é importante que continuem a investir no capital humano e nas condições técnicas de trabalho, na troca de experiencia com mercados mais dinâmicos e inovadores e com parcerias estratégicas que respondam as necessidades do Estado da Sociedade no Longo prazo.

 

Nestas contas de somar e subtrair, multiplicar e dividir, é importante que o estado continue a assumir de facto e de júri o seu papel fiscalizador e regulador, que se tome medidas cautelares bem como a aplicação de sanções àqueles que ao desfavor da lei não contribuem para sã convivência entre as organizações e a sociedade.

 

Deva haver maior intervenção do estado para regular as matérias ligadas a obrigatoriedade dos seguros, a exemplo da Obrigatoriedade dos Seguros de Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais e o Seguro Obrigatório de Responsabilidade Civil Automóvel.

 

Em sociedades modernas, o sector segurador representa um dos pilares para garantir a sobrevivência das empresas e a manutenção da vida em sociedade. São os seguros responsáveis pelo estímulo ao desenvolvimento da economia, representando o reinvestimento.

 

Para que a economia funcione é importante que tenha um sector económico e segurador forte capaz de responder as necessidades do mercado e repor as perdas do investimento feito.

 

Nenhuma economia se sustenta ao longo dos tempos, sem que necessariamente estejam asseguradas as condições necessárias para a sua manutenção e gestão, os seguros são parte e suporte desta sustentação.

 

O estado Angolano é o maior investidor em todos os sectores da vida económica e social, mas nem sempre será assim, é importante que se criem condições atractivas em matérias de seguros para que os investidores invistam em Angola cada vez mais e de forma a respeitar e fazer cumprir todos os pressupostos legais.

 

Queremos acreditar que nestas e outras matérias, o papel do estado, prende- se meramente como um autentico fiscalizador e orientador, dando maior atenção e liberdade de trabalho as sector privado constituindo-se numa fonte real de arrecadação de receitas para os cofres do estado.

 

No que toca ao mercado interno, é importante que as empresas seguradoras fortaleçam o seu intercâmbio através de acções como a criação e materialização da Rede Nacional de Sociedades do Sector Segurador e de Fundos de Pensões, bem como a rede nacional de Mediação de Seguros e Resseguros integrada. Assim, constituirão um passo muito importante, sobretudo no que toca à resolução das falhas detectadas no Sistema Nacional de Prevenção e Repressão do Branqueamento de Capitais e do Financiamento do Terrorismo. O cabal funcionamento deste sistema é crucial para o reposicionamento do sistema financeiro angolano no contexto nacional e internacional.

 

Consolidar o Modelo de Funcionamento e Supervisão da Agência de Regulação de Seguros (ARSEG) é um outro desafio que por sua vez, passa por uma actuação do estado com a maior eficiência possível e que satisfaça os objectivos desde e das sociedades seguradoras e fundo de pensões.

 

A velocidade da economia e a busca incansável para protecção do património, são cada vez mais necessidade de todo cidadão que espera por outro lado, verem garantidos a protecção dos seus bens.

 

Os seguros são uma importante fonte de receita para a economia, constituindo assim “ Externalidades positivas” para o sector dai que deve merecer maior atenção do estado Angolano.

 

Este desafio deve merecer a devida atenção de todos.

 

O seguro joga um papel muito importante na vida das pessoas, pois este garante a salvaguarda do património e a tranquilidade dos cidadãos. Em Angola no contexto de uma sociedade e economia emergentes e em rápida mutação, não poderia ser compreendido sem a formidável adaptação que a indústria tem sabido realizar para satisfazer as necessidades dos agentes económicos em termos de protecção. Um melhor conhecimento do sector é fundamental para que se aumentem os níveis de apetência dos cidadãos a aderirem a subscrição dos seguros. É preciso e urgente investir mais em educação sobre seguros.

 

O País é dinâmico e esta dinâmica visa atingir todos os sectores da vida, os seguros não estão de fora quando se trata de proteger o património ou o bem adquirido com muito trabalho.

 

A indústria de seguro tem sabido responder algumas necessidades de seus segurados e de potenciais proponentes, sendo que muitos dos produtos oferecidos pelas seguradoras, tem moldado a sociedade visando mitigar riscos de grandes perdas e de grandes investimentos (micro e macro económicos).

 

A necessidade de inovar e apresentação de novos produtos que estejam a nível do bolso do cidadão tem sido uma das lacunas por parte das seguradoras. É preciso que as seguradoras atraiam clientes com pequenos serviços, diversificação de produtos. Estamos concretamente a falar do Micro seguro que é um tipo de seguro, que visa atingir os pequenos investimentos, elevando o poder de compra visando impulsionar a economia.

 

Os seguros constituem uma importante fonte de arrecadação de receitas para a economia, são fontes de “ Externalidades positivas” para o sector dai que deve merecer maior atenção do estado Angolano.