Luanda - A taxa de desemprego em Angola situava-se no final de 2015 nos 20%, mas dois terços dos desempregados não procuravam emprego, segundo um estudo disponibilizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) angolano.

Fonte: Lusa

De acordo com o Relatório sobre Emprego 2015/2016, em Angola, os jovens entre os 15 e os 19 anos de idade "são os mais afetados pelo desemprego", com uma taxa de 46%, o que segundo o estudo "mostra a situação de carência dos jovens, sem existir grandes diferenças entre homens e mulheres".

 

O mesmo estudo, realizado no pico da crise económica e financeira angolana (entre 2015 e 2016), a que a Lusa teve hoje acesso, refere que entre os desempregados, apenas 33% procuravam emprego. Destes, 18% procuraram novo emprego e 16% procuraram emprego pela primeira vez.

 

Já a taxa da população com 15 a 24 anos sem emprego, e que também não estava a frequentar a escola, é de 36%, indica este inquérito.

 

O estudo, que além do INE envolveu ainda os ministérios da Saúde e do Planeamento e Desenvolvimento Territorial, conclui ainda que a taxa de desemprego entre a população ativa (superior a 21 milhões de pessoas) é mais elevada em três províncias da região leste, casos da Lunda Sul (40%), Moxico (31%) e Cuando Cubango (23%), mas também no enclave de Cabinda (37%).

A província capital, Luanda, apresenta uma taxa de desemprego de 25%, enquanto as mais baixas situam-se nas províncias do Cuanza Sul e Bié, com 8% cada.

Este inquérito, com uma base de referência de 16.000 agregados familiares, contou com a assistência técnica do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da ICF International, tendo sido financiado pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Banco Mundial, UNICEF e Governo angolano.