Luanda - O Governo angolano autorizou um terceiro consórcio público-privado a procurar ouro no país, neste caso no sul de Angola, elevando a 15 milhões de euros o investimento aprovado para estas atividades só no mês de setembro.

Fonte: Lusa

De acordo com uma recente autorização governamental a que a Lusa teve hoje acesso, foi aprovado por despacho o projeto investimento mineiro Chipindo, de exploração de ouro numa área de 664 quilómetros quadrados do município com o mesmo nome, na província da Huíla.

 

Representa um investimento superior a 7,5 milhões de dólares (6,3 milhões de euros) a realizar pela Lafech Mining Resources, em conjunto com a empresa concessionária estatal angolana Ferrangol.

 

Trata-se do terceiro contrato do género autorizado em setembro, pelo Ministério da Geologia e Minas, antes da posse do novo Presidente da República, João Lourenço, e do Governo.


Antes desta concessão foram atribuídas outras duas, para a província de Cabinda, e ambas igualmente para prospeção de ouro.

 

A primeira envolvendo a sociedade Mongo Mongo Mineração Limitada, participada pela estatal Ferroangol (20%), Grupo Southwind Limitada (65%) e Sofispa (20%), atribuindo os direitos mineiros para a prospeção de ouro na área a concessionar, superior a 195 quilómetros quadrados, e num investimento superior a 4,2 milhões de dólares (3,5 milhões de euros).

 

Duas das empresas envolvidas nesta sociedade - a estatal Ferroangol e os privados da Sofispa - estão envolvidos numa segunda, a Lombe Mining Limitada, que neste caso vai procurar ouro mais de 381 quilómetros quadrados também do enclave de Cabinda, prevendo um investimento superior a 5,6 milhões de dólares (4,7 milhões de euros).

 

A extração de ouro já acontece em Cabinda, mas de forma artesanal e por vezes ilegal, o que levou à abertura, por parte do ministério da Geologia e Minas, de algumas lojas para a "captação" desse ouro.

 

A aposta neste subsetor mineiro motivou a criação, em maio de 2014, da Agência Reguladora do Mercado do Ouro de Angola.

 

A Lusa noticiou em junho de 2016 que a mina de ouro do Limpopo, na província angolana da Huíla, deverá entrar em produção industrial até 2018, apresentando um potencial inicial anual, em valores comerciais, superior a 25 milhões de euros.

 

Trata-se da primeira mina de ouro em Angola a ser explorada depois da independência, em 1975, e abrange uma área de concessão de 1.930 quilómetros quadrados, conforme explicou João Diniz, administrador da empresa angolana Ferrangol, concessionária estatal do setor.

 

"Terá uma produção de 780 mil toneladas/ano de minério. Isto pode resultar numa produção de até 22.218 onças/ano, para começar. Estamos a falar de uma mina que pode evoluir de pequena para grande", disse na altura o administrador, realçando que a área de exploração ainda é pequena e poderá ser alargada.