Cabinda - No dia 18 de Outubro de 2017, pelas 15 horas, na aldeia do Cayo, três militares das FAA, destacados na guarnição de uma empresa chinesa R&B, sob protecção da Casa Militar, detiveram  o jovem Charle Lourenço Lando, de 23 anos de idade, com grau escolar 12a classe, no local onde presta alguns serviços de fabricação de blocos e conduziram-no no seu respectivo lugar de guarnição.
 
Fonte: Club-k.net
 
ASSOCIAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA CULTURA DOS DIREITOS HUMANOS
 
Posto na guarnição, dois militares começaram lhe torturar, batendo-lhe com capacetes na cabeça, pontapés de botas militares nas pernas e o terceiro do grupo, (militar) naquela circunstancia manipulou arma AKM que possuía, mandou os seus colegas afastarem-se dizendo: “ele vai agora me conhecer. Se o seu pai tem pênis e testículos mais grande que o nosso general vai ver o que vai te acontecer”.
 
O jovem é filho de um falecido irmão mais velho do Advogado e Activista Político Arão Tempo.
 
 
Isto aconteceu seis dias depois dos agentes da policia, chefiados pelo seu Comandante Mário munidos de armas, algemas e porretes terem ido à residência do activista ameaçar a família com intenção de cercar a residência e detê-lo.
 
 
A referida empresa R&B, no mês de Maio de 2016 na Aldeia de Mongo-Konde no município do Belize, destruíram 70 lavras, 50 diversas árvores de frutas para fins de exploração de pedras para construção do porto. Os populares sentindo-se prejudicados ao tentarem reclamar junto do responsável da empresa R&B, tendo o Administrador movimentado os agentes da polícia e militares das FAA para fins de reprimir a população e os donos das lavras e esses polícias e militares chefiados pelo um brigadeiro das FAA, Comandante das FAA no município do Buco- Zau orientou as forças destacadas naquela área ao serviço da proteção da empresa R&B que caso a população insistisse a reclamar deveriam abrir o fogo contra os donos e a população.
 
 
Da repressão a população dirigiu-se ao município do Belize apresentar o protesto ao administrador dizendo que caso continuasse iriam abandonar a aldeia.
 
Atualmente a população e os donos estão sem indemnização e a vida torna-lhes mais difíceis por destruírem as suas lavras.
 
 
Nos hospitais públicos do território de Cabinda carecem de medicamento e de tudo, só funciona o departamento dos Recursos Humanos, médicos, enfermeiros e elementos auxiliares.
 
 
Nessas circunstâncias os doentes internados no Hospital Sanatório de Santa Catarina especializados de doenças infecciosas (SIDA e Tuberculosa) foram todos mandados para casa.
 
 
A população de Cabinda corre riscos de contaminações e exterminação devido a propagação das doenças.
 
 
A governação de Cabinda contribui pelo empobrecimento da população que durante 40 anos não houve e não existe qualquer investimento.