Luanda - Cento e 50 alunos, entre angolanos e congoleses, frequentam a Escola Consular da República Democrática do Congo (RDC) em Angola, nos níveis jardim de infância, primário e secundário, anunciou hoje (quarta-feira), em Luanda, o coordenador da instituição, Selemani Muteba Camille.

ImageFalando à Angop, por ocasião das festividades do Dia Nacional da RD Congo (30 de Junho), o responsável da escola, denomina-se Patrice Emery Lumumba, adiantou que o nome é uma homenagem ao primeiro-ministro que chefiou o Governo do Congo independente e visa a formação de congoleses e angolanos que querem continuar os seus estudos respeitando o currículo escolar da RDC.

Selemani Camille, igualmente primeiro secretário da Embaixada da RDC em Angola, informou que estão matriculados na instituição, cita no bairro Palanca, município do Kialamba Kiaxi, em Luanda, crianças dos três a cinco anos para o jardim de infância (maternal designação francófona).

Estão também matriculados alunos do primeiro nível ao secundário (equivalente a 12ª classe), a cargo de quatro professores angolanos e seis congoleses.

Disse que no nível secundário lecciona-se as opções (cursos) Comercial e Administrativo, Pedagogia Geral, Ciências Exactas (científica - nas áreas de Matemática e Física, Biologia e Química) e a Secção Literária (ciências socais, segundo a designação do currículo em vigor em Angola).

Para ser admitido na escola Patrice Emery Lumumba, o candidato deve possuir documentos escolares legais para o nível que pretende, seguido de um teste tendente a avaliar os seus conhecimentos, sendo que os diplomas da instituição terão a equivalência outorgada pelo Ministério Congolês de Educação, como instituição do ensino público.

Disse que se cobram mensalmente 80 dólares (1 dólar equivale a 78 kwanzas) no jardim de infância, 70 para o nível primário e 80 para o secundário.

Esclareceu que o jardim de infância tem as propinas iguais ao secundário por necessitar de muitos meios de aprendizagem técnica e “exige muita paciência da professora que assume o papel de docente e mãe, simultaneamente”.

Quanto aos professores angolanos, o diplomata esclareceu que o seu país acolheu muitos refugiados (pelo menos dois milhões de angolanos), sobretudo no Baixo-Congo, onde a maioria da população era constituída por cidadão de Angola.

“Com a conquista da paz efectiva, muitos angolanos regressaram ao seu país e alguns desejam que os seus filhos nascidos no Congo, continuem os estudos com base num programa escolar que lhes é familiar”, esclareceu.

Constam também no currículo o ensino de português, com vista a permitir a inserção fácil de futuros quadros no programa em vigor no ensino em Angola e na sociedade angolana, concluiu.

Criada em 2006, com o patrocínio de doadores e da Embaixada da RDC em Angola, a escola encerrou hoje o seu primeiro ano lectivo, que fora aberto em 2007.

Fonte: Angop