Lisboa - João Melo, o ministro da comunicação social do governo de Joao Lourenco está a ser acoimado por uma corrente seguidora ao espólio de José Eduardo dos Santos de distorcer supostas “declarações do Presidente do partido MPLA” resultando em correções “dos factos”

Fonte: Club-k.net

Acusam-no de distorcer supostas declarações de JES

Em causa estão as transcrições do ministro, feitas no passado dia 7 de Dezembro, no twiter, segundo as quais a “decisão política mais importante da última reunião do BP do MPLA é a de apoiar sem reserva o PR, João Lourenço , para que ele possa continuar a melhor o que esta bem e corrigir o que esta ”

 

Em fóruns próprios, os seguidores JES consideraram que as declarações do ministro “distorce a informação do Partido” uma vez que o último comunicado do Bureau Político não fala taxativamente em apoio “sem reservas” ao actual Presidente da República.

 

Segundo os mesmos palavra “sem reserva” é usada no penúltimo paragrafo do comunicado do BP do MPLA, fazendo alusão a participação dos militantes nas comemorações do 61.º aniversário da fundação do partido, conforme pode se ler:

 

“O Bureau Político exortou os militantes, simpatizantes e amigos do Partido a participarem, com júbilo, nas actividades comemorativas do 61.º aniversário da fundação do MPLA, que se assinala no próximo domingo, dia 10 de Dezembro, lutando, sem reservas, para uma maior coesão e disciplina dos membros e estruturas do Partido, elevando os níveis de vigilância.”

 

Porém, o último paragrafo do documento fala em apoio ao Presidente da República, em torno do cumprimento das promessas eleitorais, sem entretanto fazer-se recurso ao termo “sem reservas”, supostamente distorcido por João Melo.

 

“O Bureau Político recomendou que se faça das comemorações de mais um aniversário da existência do glorioso MPLA um momento de festa e de meditação sobre a contribuição que cada militante, simpatizante e amigo deve prestar, para o cumprimento das promessas eleitorais, apoiando o Camarada JOÃO LOURENÇO, Presidente da República de Angola e o Executivo angolano, na ingente tarefa de melhorar o que está bem e corrigir o que está mal”, lê-se no ultimo paragrafo do comunicado partidário.

 

Para os “Eduardistas” o ministro “está a violar o artigo 40 da CRA por via da manipulação da opinião pública”

 

“um cidadão com um mínimo de brio profissional, demitia-se do cargo de Ministro da Comunicação Social, após este que já é o quarto incidente grave na comunicação social angolana em menos de dois meses e meio como Ministro da Comunicação Social. Foi Notícia da morte de um alto oficial das forças armadas que estava vivo, depois foi noticiado que um Ministro teria um processo crime na PGR, entre outras”, le-se na reclamação feita pela ala Eduardista do MPLA.