Luanda - O INE de Angola indica que apenas 32% das empresas registadas estão em funcionamento. Especialistas dizem que muitas das 106.263 empresas que têm estado a falir não conseguem justificar o serviço que era suposto terem prestado às instituições do Estado.

Fonte: Jornal Economico

Em Angola existem acima de 100 mil empresas “fantasmas”, entre as mais de 150 mil registadas no Guiché Único de Empresas (GUE), revela um estudo do Instituto Nacional de Estatística (INE) angolano.

Entre 2013 e 2016, das 152.359 empresas registadas apenas 46.096 estão em actividade, o equivalente a 32% do total do tecido empresarial. Ou seja, no final do ano passado, as empresas “fantasmas” representavam 68% do total das inscritas, num total 106.263.

.Segundo o INE de Angola, a maioria das empresas que fecharam é do ramo do comércio a grosso e a retalho, reparação de veículos automóveis, motociclos e de bens de uso pessoal e doméstico, em cerca de 45 mil, seguidas das de actividades Imobiliárias, aluguer e serviços prestados, com mais de 15 mil.

Os dados estatísticos revelam ainda que Luanda continua a ser a cidade com maior actividade empresarial, seguida de Benguela, sendo que, no período em referência,104.088 empresas aguardavam pelo início da actividade, 46.096 estavam em operação, 566 viram a actividade suspensa e 1.609 foram dissolvidas.

O economista João Maria Funzi Chimpolo disse ao site da Angola Voz da América (VOA) que muitas das empresas em causa foram criadas por alguns gestores públicos “como forma de esbulhar o dinheiro do Estado”.

O especialista considera que muitas destas empresas têm estado a falir, porque não conseguem justificar o serviço que era suposto terem prestado às instituições do Estado.