Luanda - Entrega de cabazes no Ministério da Saúde vira festa para alguns e humilhação para outros, humilhação para todos os doentes deste país, humilhação para a sua governação, por sinal no ministério mais doente.

Fonte: Club-k.net

Habituados que todas as reclamações feitas nas redes sociais são difamações e calúnias para manchar a imagem de detentores de cargos públicos, quando este é apenas um dos poucos veículos com transparência e de modo a alertar o SIC e a PGR. Por isso leiam que é apenas a verdade crua.


Com os hospitais sem medicamentos, sem material gastável suficiente, orçamentos reduzidos e cada vez mais escassos, mas a Senhora Ministra, Dra. Sílvia Lutucuta, o Director do Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística, o Senhor António Costa que cometeu inúmeros delitos no Governo Provincial de Luanda e a Secretária Geral a Senhora Maria Cuandina Carvalho ex Secretária Geral do MIREX que saiu escorraçada pelos roubos e arrogância por Manuel Augusto, dão-se agora o luxo de gastar o dinheiro em cabazes comprados na ECOSERV e não em medicamentos na Mecofarma ou na Moniz Silva, que devia ser o seu objectivo primário.
Numa operação bem articulada e montada pelo Director do GEPE, o Senhor António Costa, habituado a negociatas fez as honras de oferecer cabazes a todo pessoal do Gabinete de Estudos Planeamento e Estatística, aos Gabinetes da Ministra e dos Secretários de Estados, a alguns funcionários da Secretaria Geral, a familiares e amigos, ignorando e humilhando os colegas com mais de 10 e até 20 anos de casa nas várias direcções e gabinetes do Ministério.


Com milhares de crianças a morrerem, pela falta gritante de medicamentos e de dinheiro, com falsos discursos de trabalharmos para melhorar a humanização na saúde, em plena época natalícia, a Dra. Sílvia Lutucuta dá preferência a nomeação de cabazes para umas poucas pessoas, familiares e amigos e exonerou os medicamentos, deixando os hospitais reféns.
Senhor Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço, apoiamos o Senhor na luta pelos direitos universais da saúde do povo angolano, mas não apoiamos o Senhor na defesa do nepotismo pela incompetência e da maldade, quando acabamos de sair de um Seminário em que o Senhor foi bastante eloquente, não é por acaso que no mais recente relatório publicado pela OMS, Angola tem a cobertura sanitária mais baixa da lusofonia com apenas 36%. Digamos como vamos aumentar a nossa cobertura sanitária se o dinheiro serve para cabazes? Mas mesmo assim a vista de todos, protege a Senhora Sílvia por ter laços com a sua Mulher, a nossa Primeira Dama.

Esperamos que agora saia a luz, a Senhora Ministra, o Senhor Director do GEPE ou a Senhora Secretária Geral a desmentirem, porque usou-se uma rede social, mas pensem que é um fio que serve para ser seguido a quem de direito e procurar a verdade para corrigir o que está mal.
José Van-Dúnem derrubou e conseguiu converter a saúde do país numa das piores do mundo, sem prestar contas com a justiça, Luís Gomes Sambo não foi reconduzido por ter sido acusado de desvios, mesmo com toda experiência e respeito no mundo, e agora Sílvia Lutucuta prefere exonerar os medicamentos e matar mais crianças e nomear os cabazes de natal para o seu luxo. Pensávamos que a prática dos cabazes já estivesse exonerada na função pública, logo agora na nova legislatura e com o país em falência e com o Ministério da Saúde cada vez mais doente.

O Ministério das Finanças sempre alertou o Ministério da Saúde que o problema na saúde não é a falta de dinheiro, mas sim a falta de qualidade da despesa com gastos exorbitantes e desnecessários e aí está a prova de uma administração nomeada em tão somente 3 meses, num ministério com todos os problemas, mas sem problemas para nomear cabazes e exonerar os medicamentos. Seria este dinheiro insuficiente para comprar medicamentos e material gastável? Seria este dinheiro insuficiente para liquidar algumas dívidas do ministério? Seria este dinheiro insuficiente para pagar os salários dos enfermeiros em greve que a Ministra não age, não comenta, nem aparece na televisão? Seria este dinheiro insuficiente para comprar alguns alimentos para alguns hospitais? Mas que espécie de pessoas são estas que com tantos problemas para atender, preferem atender vaidades? Mas que Ministra é esta que fala em humanização, que assiste a falta de medicamentos, que assiste as crianças morrerem mas prefere oferecer cabazes a familiares, amigos, ao pessoal do seu gabinete e dos secretários de estados e a somente aos trabalhadores do GEPE? Mas que Ministra é esta que faz todo show nas câmaras da televisão a andar de um lado para outro ludibriando todo país, mas por dentro e por trás está apenas preocupada em comprar cabazes para uma centena de funcionários? Mas que Ministra é esta que mesmo o Dr. Luís Gomes Sambo deixando os carros, deu-se ao luxo de comprar um Lexus por mais de 300 mil dólares? Até a Secretária geral encomendou uma mobília nova para a casa de sua excelência Senhora Ministra. Mas que espécie de Secretários de Estados são o Dr. José Cunha e o Dr. Altino Matias que não aconselham a sua Ministra? Não é novidade, que os dois secretários de Estados também veem de administrações desastrosas na Huíla e no Hospital Militar. Mas que espécie de gente é esta que mesmo fazendo o juramento de Hipócrates, escolhem as mordomias. Saibam que uma garrafa de Moet Chandon, uns kilos de bacalhau e a preços exorbitantes podem salvar algumas vidas de crianças. Que vergonha!

Para quando Senhor Presidente vai averiguar o desempenho das pessoas antes de serem nomeadas? O Senhor Presidente deve repensar os critérios de escolha e esquecer os amiguismos que tanto prejudicaram e que continuam a prejudicar o país. Isso mostra que se fosse o caso, não teria nomeado defuntos, não estariam aí a envergonhar a sua nova governação remando para o lado contrário. Com a saúde não se brinca, querem luxo num país miserável, se o Senhor Presidente e o nosso ex Presidente não brincassem com a saúde, não iriam se tratar no Reino de Espanha, mas como não podemos lá ir, querem brincar com a nossa saúde.

Senhor Presidente com todo respeito que nós os angolanos temos por si, serão interesses pessoais para o Senhor não querer ver? O Senhor até já mostrou-nos que quer um país melhor, já mostrou-nos que é disciplinador, já mostrou-nos que não teme e nem tem associativismos.
Senhor Presidente, a Senhora Ministra Sílvia Lutucuta vai envergonhar os seus primeiros 100 dias de governação, uma pessoa manifestamente incompetente e que faz a gestão com base na fofoca. Alguém que está a conhecer o Sector Público agora, porque antes era professora da Faculdade de Medicina e atendia na sua clínica privada. E, ao que tudo indica está a ser assessorada pelo anterior ministro José Van-dúnem, um dos piores ministros de qualquer governo deste país, que deveria estar na cadeia ao tornar os nossos hospitais numa autêntica casa mortuária, porque como justifica o facto de estar a ir buscar quadros da gestão do José Van-dúnem para nomeá-los em cargos chaves, pessoas que nos tempos da graça delapidaram os cofres do estado na pior administração do MINSA, como Joaquim Moçambique ex Secretário Geral para o cargo de Director Administrativo do Hospital Sanatório e Eduardo Cassoma, chefe de departamento de Administração e Serviços Gerais e Mário Kihola, chefe de departamento de transportes. A Senhora Ministra e o seu staff entraram no MINSA com muitas fraquezas em termos de gestão e sem profissionalismo, exemplo disso é o facto de que nos cumprimentos de fim de ano todos os funcionários são convidados a participar, tal não aconteceu este ano, que apenas foram convidados os directores e os chefes de departamento, demonstrando falta de interesse, respeito, consideração e de humanismo por isso os cabazes só para uns.

No balanço dos 100 dias de governação mostrem também os cabazes, a falta de medicamentos para tuberculose, hemodialise, os salários atrasados e não apenas a distribuição de ambulâncias, manchando os seus primeiros 5 anos de governação, quando o balanço for de mais doentes, mais epidemias, mais cadáveres, mais enriquecimento ilícito e más-práticas de saúde com todo esse oportunismo.

André Paulo João