Luanda - A comissão de análise às propostas técnicas, económicas e financeiras para a construção de refinarias em Angola já recebeu até à presente data 63 projetos e têm o prazo até dia 10 de fevereiro para apresentar melhorias.

Fonte: Lusa

Em comunicado distribuído hoje à imprensa, a Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) informou que o grupo criado pelo Presidente angolano, João Lourenço, para analisar as propostas esteve reunido, quarta-feira, com o representante de empresas nacionais e estrangeiras interessadas em investir no setor da refinação.

O encontro, que teve como objetivo definir o alinhamento e apresentação do conjunto de procedimentos a serem observados, por parte das empresas interessadas, serviu ainda para as informar que, entre outros aspetos, devem até 10 de fevereiro, "evidenciar comprovada capacidade técnico-operacional, experiência no setor da refinação e capacidade e idoneidade financeira".

A nota lembra que a orientação do chefe de Estado angolano, que levou ao lançamento do concurso para a construção de refinarias na província de Cabinda e município do Lobito, província de Benguela, teve em consideração o baixo nível de produção de refinação atual, pela Refinaria de Luanda, situado em apenas 20% das necessidades do mercado.

Além dos altos custos para o país com a importação de 80% dos refinados de petróleo e a existência de iniciativas, já em fase de alta conversão no Lobito, até 2022, com a capacidade de processar até 200 mil barris de petróleo diário e outra em Cabinda, com capacidade por definir, mediante estudos.

Recorda ainda que a Sonangol já tem assinado um acordo com a petrolífera italiana ENI, para a otimização da Refinaria de Luanda, no prazo de 24 meses, que lhe permitirá um processamento de crude superior à sua atual capacidade nominal de 65 mil barris/dia.

De acordo com o comunicado, estas realizações visam tornar Angola autossuficiente em matéria de produção de refinados, estancar a exportação de divisas com a importação destes produtos, agregar valor às ramas angolanas, criar condições para o desenvolvimento da indústria petroquímica, com potencial de se tornar âncora para o desenvolvimento de um vasto leque da atividade industrial nacional, arrecadar divisas e promover o conteúdo local em matérias-primas e geração de emprego.

O encontro reuniu o secretário de Estado dos Petróleo, Paulino Jerónimo, o presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Carlos Saturnino, o diretor nacional dos Petróleos, Amadeu Azevedo, membros executivos e não executivos do conselho de administração e mais de centena e meia de representantes de empresas interessadas.