Lisboa - O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA), general Geraldo Sachipengo Nunda, foi esta semana convocado na Casa de Segurança da Presidência da República,  para esclarecimentos do seu interesse dando azo a relatos  sobre  um eventual afastamento do cargo que ocupa.  

Fonte: Club-k.net

Em causa, segundo apurou o Club-K, esta a implicação do seu nome colocado  a uma rede de indivíduos, que tentava de forma fraudulenta, negociar uma operação de financiamento internacional de 50 mil milhões de dólares, propostos por uma empresa tailandesa e destinada a vários projectos em Angola. O general Geraldo Sachipengo Nunda e um outro oficial reformado José Arsénio Manuel são citados como as figuras que terão tido contactos  oficiais com a  referida rede.

 

A  rede de burladores foi esta semana detida em Luanda. Porém, o general Geraldo Sachipengo Nunda e um outro oficial reformado José Arsénio Manuel são citados como podendo a vir a ser testemunhas  por serem supostamente as figuras do exercito que deram o rosto por uma cooperativa das FAA que iria contar com este suposto financiamento asiático. 

 

Oriundo das extintas FALA, da UNITA, o general Geraldo Sachipengo Nunda esteve desde Fevereiro de 2001, como Chefe de Estado Maior General Adjunto das FAA e em 2010, passou a titular do cargo.



Na historia das FAA, o general Nunda foi o único CEMGFAA com menos poderes. Meses antes de ser nomeado, para o actual cargo, o antigo Presidente JES retirou alguns poderes da figura do CEMGFAA e transferiu para o então ministro da Defesa Nacional, Candido Van-dúnem.


Na altura, este esvaziamento de poderes deu lugares a interpretações de que mais que uma “justa promoção” a nomeação do general Numa foi uma medida do regime destinada a publicitar a imagem do  ex-  Presidente José Eduardo dos Santos (JES) como uma “figura de inclusão e que não olha para origem partidária dos quadros”.