Lisboa - As autoridades brasileiras recolheram na manha do dia 19 do corrente, numa estacão de comboio, o cadáver de um estudante angolano naquele país, de nome Zacarias de Jesus João Ferreira. A versão inicial sobre as circunstancias da morte do mesmo é de que teria sido colhido pelo comboio ao tentar pular a linha férrea para passar do outro lado, como é comum por parte de cidadãos brasileiros quando fogem ao pagamento do bilhete do comboio.

Fonte: Club-k.net

Comunidade estudantil exige esclarecimento  

O twiter, @InformacoesRj13, dedicado a incidentes trágicos, dizia que “para não pagar a passagem de R$ 4,20 , um Rapaz pulou o muro da Linha Férrea da Estação de Bonsucesso , e vocês imaginam o que aconteceu né? Infelizmente o mesmo veio a óbito, após o trem acertá-lo em cheio.”

 

A comunidade angolana apoiada no depoimentos de testemunhas rejeita esta versão, uma vez que o cadáver de Zacarias de Jesus João Ferreira não apresenta sinais de ter sido estrangulado pelo comboio. De acordo com imagens do corpo, que o Club-K teve acesso, o falecido apresenta com sinal de uma pancada junto a orelha.

 

Os amigos suspeitam que Zacarias pode ter sido morto por alguém e jogado na linha do comboio nas primeiras horas do dia para parecer que foi acolhido por este meio de transporte ou para parecer que suicídio.

Na ausência de esclarecimento, a comunidade solicitou ao consulado de Angola no Rio de Janeiro ajuda para que estes pudessem tomar providencias junto as autoridades brasileiras para se saber de que forma ocorreu o fatídico acidente, e ao mesmo no apoio para o repatriamentos a Angola dos restos mortais de Zacarias Ferreira.

 

Os mesmos terão notado pouco acolhimento por parte da missão consular angolana., segundo faz saber o estudante Lando Rodrigues.

 

“A preocupação do Sr cônsul Rosário de Ceita e do Vice Cônsul Camilo Buanga foi no sentido de no final do dia enviarem um funcionário local levar ao óbito na favela da Maré a quantia de R$500 para comprarem cerveja mas a preocupação da comunidade e do único irmão que vive em Brasília era saber o que fazer com o funeral se é aqui ou em Angola”, desabafa Lando.

 

No seu ponto de vista “os responsáveis do Consulado fugiram as responsabilidades. Em vida o jovem frequentava o consulado constantemente e participava de atividades recreativas e culturais onde o Cônsul estivesse.”

 

No seguimento da despreocupação do consulado liderado por Rosário de Ceita, cerca de 30 jovens invadiram o consulado em gesto de protesto prometendo regressar no dia seguinte.

 

No dia anterior não foi necessário realizar o protesto de invasão, uma vez que o consulado na pessoa do seu titular, Rosário de Ceita prometeu a transladação para Angola dos restos mortais de Zacarias Ferreira.

 

“O que acontece é que o processo foi mal conduzido pelo Consulado e eles não tem cabimentação para esses casos senão teriam de transladar todo e qualquer outro angolano que aqui falecesse. Por esse motivo já não haverá a dita manifestação.”, remata Lando Rodrigues.