Lisboa – A sobrevivência politica do administrador do Cazenga, Victor Nataniel Narciso, 'Tany Narciso", na mais recente remodelação efectuada a nível do governo provincial de Luanda esta a ser justificada como sendo reflexo de um veto por parte do Secretariado do Bureau Politico do MPLA, órgão na qual o  governador Adriano Mendes de Carvalho havia submetido as  suas propostas para apreciação.

Fonte: Club-k.net

No cargo desde 2008, 'Tany Narciso é um dos veteranos administradores bastante contestado pelos munícipes da sua área de jurisdição, e ao mesmo tempo um “cabo eleitoral” na qual o Presidente do MPLA, José Eduardo dos Santos denota ter alguma afinidade. “Tany” é concunhado do general Nito Teixeira, o ex- diretor do gabinete de JES, na sede do MPLA.

Em 2011, o então governador de Luanda, José Maria Ferraz havia assinado um despacho de exoneração do actual administrador do Cazenga, mas logo a seguir viu-se contrariado/desautorizado pelo gabinete presidencial que considerou como desfavorável a sua deliberação a nível da rotação que tencionava avançar.  

 

A gestão de Tany Narciso, conformou noticiou na altura, o Club-K,  chegou a ser objecto de avaliação negativa por parte do sector municipal do SINSE, num relatório elaborado por um operativo identificado por “Caxala”. Era  acusado de ter desinteligências com o seu então adjunto João Adão a quem havia retirado competências. 

 

Os populares também acusavam-no de ter usado o parque de estacionamento do complexo Marco Histórico do Cazenga para proveito pessoal, a data gerido por brasileiros por si contratados. Era igualmente acusado de ter confiado a uma empresa sua,  a gestão do restaurante localizado no mesmo complexo.

Quando assumiu a gestão do município do Cazenga, havia cerca de 100 funcionários, repartidos nas administrações comunais e delegações municipais. Em Abril de 2010, foi detectado que o numero passou  para  360 elementos que funcionavam em regime de colaboração levantando suspeitas de que alguns deles pudessem ser funcionários  “fantasmas”.


Recentemente, jovens do município promoveram onda de protestos exigindo o seu afastamento da liderança da administração do Cazenga. Porém, o partido entende que o mesmo deve ser apenas exonerado do cargo daqui há três meses para não causar impressão que cederam as pressões dos populares.