Luanda - Num artigo publicado na edição deste Domingo, sob o título a «Pressão Sindical», o director do Jornal Angola (JA), atira-se contra o Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA) pela posição que este órgão assumiu recentemente em defesa dos profissionais da mídia pública ameaçados de Reformas Compulsivas.

Fonte: Facebook

Sem fazer uma referência directa ao SJA, Victor Silva fala em «forças sindicais» que, na sua óptica, terão observado o SILÊNCIO quando, no passado, os órgãos públicos de comunicação social foram «invadidos por “exércitos de trabalhadores”, uma boa parte sem qualificações, nem vocação».


O director do JA tem em parte razão quando reconhece que os órgãos de CS foram «invadidos» por pessoas sem a competência profissional e vocação para o exercício do jornalismo, mas ele ocultou os motivos que estiveram na origem dessa invasão, algumas delas relacionadas com o TRÁFICO DE INFLUÊNCIAS, NEPOTISMO, COMPADRIO, e as INFILTRAÇÕES de BÓFIAS nas redacções que tinham por principal missão «policiar» as actividades dos jornalistas e cercear a liberdade de imprensa.


O Jornal de Angola, no qual Victor Silva foi um dos seus ADMNISTRADORES não Executivo, durante vários anos, engordou a olhos vistos, sem que ele, no alto da sua cátedra, tivesse esboçado um mínimo gesto para contrariar o Despesismo, ou denunciado publicamente tal invasão.


Aliás, não é em vão que o matutino é conhecido nos círculos jornalísticos por «empresa familiar», que abarca no seu seio pais, filhos, netos, sobrinhos, «primos como irmãos», etc.


Victor Silva não desconhece, portanto, que muitos desses «invasores» chegaram à imprensa pública a coberto de cartões vindos lá de cima de «pesos pesados» com ligações ao partido, Executivo ou Parlamento.


Muitas das redacções dos MDM´s estão hoje empestadas de bófias que não entendem patavina de jornalismo, mas são hábeis em semear a intriga, calúnia e as guerras intestinais no seio dos verdadeiros profissionais do ramo.


Igualmente, o director do JA não desconhece, a menos que pretenda deliberadamente ignorar, os Xico-espertos que abocanharam à grande e à ANGOLANA os subsídios destinados à Segurança Social, ao ponto das empresas «desconseguirem» reformar os seus trabalhadores por falta de suporte financeiro no INSS. Seria bom que identificasse os gestores que lesaram e engajaram o Estado em pesadas dívidas para com a Segurança Social.


De nada serve atirar as culpas ao SJA quando o mal está devidamente identificado, sendo que as pessoas que provocaram a crise são conhecidas, pelo que a novo gestor das edições Novembro deveria assumir as suas responsabilidades, partindo do princípio de quem «herda o Activo, arca também com o Passivo».

Em Psicologia chama-se a isso AGRESSÃO DESLOCADA