Luanda - O público “prostrou-se” aos pés do angolano, numa autêntica demonstração de culto à sua nobreza na música, afinal actualmente King Ckwa prefere que o chamem Dom Pedro.

Fonte: Kilamba News

Centrar os holofotes sobre si, monopolizar a atenção do público das áreas VIP e normal, dos bastidores, e até dos funcionários das tascas improvisadas, instaladas no Campo do Maxaquene, baixa da cidade de Maputo, foi o resultado da entrada triunfal do músico angolano C4 Pedro, antes mesmo de dar, pelo menos, um sussuro ao mocrofone, como se estivesse a usar algum método de hipnótico.

O público “prostrou-se” aos pés do angolano, numa autêntica demonstração de culto à sua nobreza na música, afinal actualmente King Ckwa prefere que o chamem Dom Pedro.

Os braços do público navegavam no ar, como diria Chiziane, como peixes no mar. Aliás, pirilampos seria a melhor descrição, visto que os móveis acendiam o flash para imortalizar o momento.

A actuação do Dom Pedro, no segundo dia da 7ª edição do Festival Tropical Zouk, levou o público a viajar até Bélgica para viver as emoções do famoso festival Tomorrowland revestido de luz, som e cumplicidade. As músicas Spetxa One e African Beauty, foram proponderantes para que o público tirasse o pé do chão.

Acompanhado pela sua banda, C4 Pedro fez um recorde na história das actuações do Festival Tropical Zouk ao apresentar-se por aproximadamente duas horas, trazendo ao palco os seus convidados, nomeadamente os New Joint e o seu conterrâneo Paul G.

Outro momento que marcou a sua perfomance foi a interpretação da música do King da música moçambicana, Mr. Bow, intitulada “I´m Ready”. O tema é interpretado em changana, mesmo assim, Dom Pedro enfrentou essa barreira, para a surpresa do público e do próprio autor, que de seguida foi convidado a tomar o palco.

Mr. Bow não cantou, simplesmente ia dar um abraço ao seu colega com quem, por sinal, tem muita intimidade e cumprimentar o público. Importa recordar que o cantor angolano em vários momentos hasteou a bandeira moçambicana e ainda brincou com a questão que preocupa diariamente os moçambicanos quando se fazem aos seus postos de trabalho, escolas entre outros – a dura realidade dos My Love – viaturas de caixa aberta que garantem alternativamente a locomoção de citadindos de Maputo e Matola.

A ideia era que se abraçassem, tal como acontece quando as pessoas são transportadas neste tipo de viatura, como forma de garantir segurança. Mas no espectáculo, o plano do cantor era ver o público unido para uma brincadeira que os levasse a vibrar da esquerda para a direita, colocando a mão no ombro de quem está por perto, tal como fazem os jogadores de futebol e adeptos ao conquistarem o campeonato.

Contudo, “The Gentleman”, sua nova alcunha, não trouxe tantas novidades em termos de repertório. A sua apresentação baseou-se em temas lançados já há alguns anos, é o caso de: “Bo tem Mel”, “Casamento”, Tu és a Mulher, “Vamos ficar por aqui e “Porque eu te Amo”.