Lisboa - Angola conquistou ontem o primeiro lugar no Campeonato de Futebol Mundialinho da Integração, que reuniu 12 comunidades imigrantes em Portugal: Angola, Brasil, Cabo Verde, Espanha, Guiné-Bissau, Marrocos, Moçambique, Moldávia, Roménia, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Ucrânia.

Na final, os angolanos venceram Cabo Verde por 3-2, após grandes penalidades. Assistiram à final cerca de 1500 adeptos imigrantes, sempre em clima de festa e de convívio.

José Matias, angolano de 37 anos, foi apoiar a sua equipa com os amigos. Há nove anos a viver em Portugal, José considera este tipo de iniciativa "muito positiva" para "aproximar as comunidades". Contou ao CM que se adaptou facilmente ao País, mas que um dia pretende regressar às origens. "Quero regressar ao país onde nasci." Já Amélia Rosa, de 64 anos, também angolana e a residir há quase 34 anos em Portugal, não pretende regressar a África. No entanto, mantém o espírito de pátria pelo seu país. "Vim aqui gritar pela minha terra."

A assistir à final estava também um casal de moldavos. Vladimir Boldescu, de 35 anos, veio para Portugal há cerca de oito anos para procurar melhor qualidade de vida. A esposa, Natália, de 25 anos, deixou o país do leste europeu para estar próxima do marido. Confessa que a adaptação "foi difícil", mas hoje é em Portugal que vê o seu futuro.

O presidente da Câmara Municipal de Sintra, Fernando Seara, fez um balanço "muito positivo" do Mundialinho, cuja competição durou duas semanas. "Através do futebol conseguimos reunir as diferentes comunidades imigrantes que vivem em Portugal e que fazem parte de nós." Prometida está uma segunda edição.


Fonte: Correio da manhã