Lisboa - Desde que assumiu a liderança do BNA, o governador José de Lima Massano vetou as casas de câmbio e agências de remessas de valores deixando-as, sem obter divisas através dos leilões semanais realizados pelo Banco Nacional de Angola (BNA). De entre, as visadas estarão a ‘Nova Cambio’, ligada ao seu progenitor José Massano Júnior, e uma outra ligada aos interesses da sua sogra.

Fonte: Club-k.net

De acordo com constatação, os vices governadores do BNA e alguns directores tem se revelado contra o veto que José de Lima Massano tem imposto contra as casas de câmbios. A posição contraria dos mesmos, segundo levantamento deve-se ao facto de os mesmos serem também proprietários de agencias de remessas como é o caso concreto do seu vice, Rui Minguês de Oliveira, notabilizado como sócio da casa de câmbio “Maxpay” e da “Real Transfer”.

 

No entender de observadores atentos, a posição intacta de Massano em manter o embargo contra estas agências de remessas, deve-se ao facto de ter a noção de que em caso de abertura de exceção, os seus colegas estariam atentos como a ele que tem familiares direto no negócio das casas de câmbios.

 

Apesar de ninguém saber a razão exacta do embargo, fontes em Luanda apenas alegam que a contraposta do governador é que estria a exigir que as Casas de Câmbios se constituíssem em conselhos de administração de empresa, algo que as mesmas fontes consideram não fazer sentido. No seguimento de varias cartas enviadas ao governador Lima Massano, as fontes, aparentemente desgastadas com a situação referem que “Massano é teimoso e que não ouve ninguém . Nem os seus familiares conseguem  convencê-lo”.

 

O Jornal OPais, noticiou recentemente que a Associação das Casas de Câmbio de Angola (ACCA) remeteu, sem sucesso, uma carta a José de Lima Massano, visando reverter a falta de divisas que enfrentam desde Outubro de 2017. Ao mesmo tempo, um grupo de colaboradores seus endereçou uma carta aberta ao Presidente da República, em que solicitam a sua intervenção para pôr cobro ao problema.

 

“Sentimo-nos no dever de pedir ao Presidente da República, a fim de intervir na referida causa, uma vez que o Executivo que lidera definiu como estratégia, o combate à pobreza. Como será possível combatermos a pobreza quando mais de 1.500 famílias ficam sem emprego?”, questionam. No documento a que tivemos acesso, os colaboradores das casas de câmbio interrogam, igualmente, “como é possível os bancos comerciais continuarem a beneficiar dos leilões, enquanto as casas de câmbio e agências de remessas não?”.

 

Segundo ainda a imprensa angolana, os gestores das Casas de câmbio e agências de remessas tem lamentando que face a esta situação ficam impossibilitados de pagar salários para os seus colaboradores, e dar cumprimento a outras despesas como pagamento de rendas das suas sedes. O número de colaboradores das casas de câmbio anda à volta de 600 pessoas, correspondente a 1.500 famílias.