Lisboa – O MPLA, manifesta-se profundamente irritado com o conteúdo do novo programa da TV Zimbo, "Fala Angola", onde o seu apresentador, o emblemático jornalista Salú Gonçalves destaca casos de abuso de poder e corrupção, em Angola, que resultam em impunidade. O partido no poder interpreta as declarações do apresentador como “instigação à desobediência”.

Fonte: Club-k.net

Regime diz tratar-se de instigação à desobediência

Através de uma notificação divulgada no seu website, o MPLA considera que o "Fala Angola" está a ser subtilmente transformado num tribunal à hasta pública, palco de exposição gratuita da vida privada de outrem, entre outros. "Faz morada" por àquele programa, também, a instigação à desobediência.


“A imposição das famigeradas frases fala comigo e eu falo com Angola e eles vão ter de me ouvir, pode se transformar num ensaio para a desvirtualização da coesão social.Nesta tentativa de catalisar a audiência, Salú Gonçalves está a assumir um papel, como se de órgão de soberania se tratasse.”, le-se na mensagem do MPLA cujo conteúdo o Club-K, retoma na integra.


Não à instigação - MPLA

Sempre que nos propormos avaliar assuntos ligados aos diversos sectores da vida do País, devemos fazê-lo antes de mais e acima de tudo, com a serenidade, responsabilidade e patriotismo que se impõe.Recentemente a TV Zimbo, introduziu alterações ao seu leque de apresentadores, bem como à sua grelha de programação, facto que, merece o nosso reconhecimento, dada à imperiosa necessidade da diversificação informativa e do contraditório.Mas, a progressão daquela que é considerada como a "Televisao que mudou a Televisão", está a ser perniciosamente subvertida com a actuação do seu nóvel, excentríco e polémico apresentador/radialista Salú Gonçalves, naquele que era suposto ser o programa que daria voz aos Angolanos.

 

O "Fala Angola" está a ser subtilmente transformado num tribunal à hasta pública, palco de exposição gratuita da vida privada de outrem, entre outros.

 

"Faz morada" por àquele programa, também, a instigação à desobediência.

 

A imposição das famigeradas frases fala comigo e eu falo com Angola e eles vão ter de me ouvir, pode se transformar num ensaio para a desvirtualização da coesão social.Nesta tentativa de catalisar a audiência, Salú Gonçalves está a assumir um papel, como se de órgão de soberania se tratasse.

 

A justeza jornalística leva-nos aos pressupostos que regem a profissão, nomeadamente, informar, formar e entreter.Em momento algum, é passível à intromissão em assuntos de foro jurídico, que ainda estão sob segredo de justiça, ou outros cujas sentenças não agradem a todos.A justiça é isto mesmo.

 

É o equilíbrio e a distância entre a culpa e a inocência, cuja presunção deve ser preservada.

 

Os órgãos de comunicação social devem servir como interlocutores entre os diferentes poderes, executivo, legislativo e judicial, visando garantir o acesso dos cidadãos aos variados serviços, cientes dos seus direitos e deveres.

 

Assim, recomenda-se moderação ao apresentador e à realização do referido programa, nesta fase em que o mais importante é resolver o problema do Povo, Melhorando o que está bem e Corrigindo o que está Mal".

 

Não à instigação.