Luanda – Tornou-se quase corriqueiro um (mau) feitio ‘bualas’, como diria uma velha amiga, nas lides das redacções dos órgãos de comunicação social privados, a existência de ‘jornalistas mercenários’ que aspiram a todo custo granjear nomes a nível da pobre sociedade angolana, manchando nomes de algumas figuras públicas que muito contribuem para o bem-estar das famílias angolanas e do país.

Fonte: Club-k.net
Estes mercenários (de)mentes não medem o esforço – mesmo conhecendo os reais factos – para atingir os seus fins lucrativos, publicando nos seus ridículos órgãos textos baratos e falsos, sem quaisquer fundamento, com o único propósito de violar o direito a integridade moral e ao bom-nome das figuras públicas.

Carrascos incredíveis, bem identificados, são especialistas em fomentar lutas internas de determinadas instituições estatais (ou privadas) e fofocas que circulam nas redes sociais pior as fofoqueiras dos subúrbios, colocando os seus (poucos) leitores num imbróglio arrepiante, em desrespeito total das normas jurídicas vigentes.

Falo concretamente das mensagens postas a circular nas redes sociais com a caricatura do economista Luís Alexandre, onde é destratado vilmente pelos seus algozes que desejam – a todo custo – assaltar o patrimônio e as contas desta maior associação mutualista do país, que congrega mais de 100 mil sócios.

O grupo liderado por um oficial superior da polícia nacional de nome Domingos Jerónimo e goza do apoio incondicional do ministro do Interior, Ângelo Veiga, tem estado a subordinar os aspirantes a jornalistas (com 100 a 200 mil kwanzas) para publicarem na íntegra os textos que produzem com ajuda de um conhecido jornalista, que nem vale citar o nome, no palácio da Marginal.

É (quase) incompreensível alguém que se atribui o título de jornalista (e ostentar um certo cargo num determinado órgão de comunicação social) não saber distinguir uma informação verdadeira da falsa ou vice-versa. É uma autêntica aberração quando, em pleno século, isso acontece.

Alguns aspirantes a jornalistas dirão que é normal – sobretudo quando é a barba d’outro é que esta arder – e arranjar uma justificação injustificável porque, afinal, os fins seus justificam os meios. Ora, se a parte lesada tentar responsabilizar civil e criminalmente, através dos órgãos competentes, o autor do texto com o fito de repor a verdade dos factos e limpar a sua boa imagem, estes aspirantes vão logo agarrar-se aos fantasmas de perseguição e a violação da Liberdade de Imprensa, sem qualquer pudor, esquecendo-se que todos, de acordo com a Constituição da República de Angola, têm o direito ao bom nome.

O que se passa com a classe? Onde está a dignidade profissional (se é que são)? Cá dê o respeito aos vossos leitores? O que se pretende com esta pratica? Será que é só o dinheiro que vocês almejam? E como vai reagir a família da pessoa lesada gratuitamente?

A jurisprudência da vida me ensinou que a consciência de um verdadeiro escriba não se circunscreve somente em dinheiro. Porque, afinal, existem milhares de bens que o dinheiro não (e nunca) compra. Exemplos: o respeito, a dignidade e o carácter. Esses três elementos essenciais da personalidade humana andam de mãos dadas e apoiam-se mutuamente.

Ainda bem que existe, ainda nesta vida, a lei de retorno. Como diz o velho ditado: “quem planta vento colhe tempestade”. Um dia vão ter o que merecem.