Luanda - Divagando sobre os desejos e ensejos na pele de um ser racional, buscando respostas das perguntas feitas pelo egoísmo encarnado, graças sem frutos, aos factos sorumbáticos que se vivem nas sociedades hodiernas. Em cada passo dado nos meus pensamentos irrequietos, uma questão buscando entendimento e em cada resposta uma hiperbólica situação encontrando consentimento.

Fonte: Club-k.net

O mal só é mal quando não atinge nosso quintal. Nossos comportamentos são temperados de acordo nossas emoções e interesses primários e sequenciais.

 

Por inúmeras vezes fomos levados ao pecado, se colocarmos na conjuntura religiosa ou ao crime se falarmos em legislações. Há quem diga que há pecado grande e pecado pequeno, fazendo analogias ao proferir impropérios aos nossos progenitores, tendo feito muitas vezes tirar a camisola e mostrar o tronco em forma de disposição combativa, não importava a tal condição do corpo mas ofender Mãe ou Pai, trazia (ou ainda traz) forças dos antepassados para a defesa dos mesmos.

 

Nossa emoção é levada a derrocada quando perdemos os mesmos, não importa se a atenção deles tivemos por completa ou não durante o crescimento, mas quem dá o mínimo de valor à vida sabe do que digo.

E por falar em vida...

É digno tirar a do outro sem consentimento? Há causa alguma que justifique o dilapidar da vida alheia; vida esta que colocando numa realidade pouco ou nada religiosa, sabe-se que quando se perde é de vez e não há cá terceiro ou sétimos dias para a ressurreição e vida eterna? Se não, porque acabamos com a do outro envolvendo razões estomacais ou interesses de sobrevivência egoístas? Diz-se que na religião, ou está escrito algures no "livro da vida", a chamada Bíblia para os cristãos, nos Mandamentos da Lei de Moisés: Não matarás! Isto é não importa a situação, NÃO O FAÇAS. De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, todo o ser humano tem direito a vida, a lei fala em presunção de inocência até provar o contrário e outras coisas aí. Mas e se nos sentirmos encurralados? Situações em que ou o bandido ou a minha vida? Devemos ou não fazê-lo?

 

Em países que velam pela vida alheia, que dão o verdadeiro significado e entendem o que é a morte, um óbito sem causas aparentes sequer é o suficiente para acizentar o dia e/ou a nação.

 

Noutras terras em que nutrem o valor calórico suficiente a vida alheia, perguntam-se o porquê dos excessos de crimes que desembocam em tragédias familiares. Pobreza aguda? Educação desfavorável? Falta de atenção para com a camada mais jovem e com vivacidade nas veias? Porque ao que tudo indica eles são os principais protagonistas de tais cinematografias horrorosas que Oscar algum dão.

 

Por cá, morre-se muito, por causas naturais e muitas delas por razões que já foram mencionadas. O que fazer para acabar com a criminalidade hedionda? O que fazer para que quem comete o crime seja julgado em condições dignas de um ser humano e depois de cumprir com a pena seja reintegrado na sociedade e não tenha vontade alguma de voltar a ensaiar sua repulsa em corpo alheio dissipando famílias?

 

Fazer sentir a lei é e deveria mesmo ser para todos sem distinção de cor, raça, religião ou opção sexual. Será que se cumpre na íntegra?

 

Fizemos as leis, ditamos as regras e depois combatemos as mesmas. Incompreensível.