Lisboa -  Elementos conotados ao circulo presidencial tomam  proveito das “tendências presidencialistas” de Abel Chivukuvuku a revelia dos estatutos da UNITA. O aproveitamento em curso é assinalado  por via da identificação de uma consistente agenda destinada  a  provocar lhe  impulsos para avançar com uma “candidatura independente” as eleições presidências cujo fim seria ter o eleitorado da UNITA fragmentado em dois campos internos.

Agenda secreta marcada com  intervenções
destinada  a mostrar o seu programa
aos membros da comissão política

Objectivo estimado: O candidato do  MPLA precisa  ganhar as eleições com  ou mais de 82%  dos votos das eleições presidências, e o  cenário de fragmentação da UNITA ajudara o MPLA a  justificar que o “candidato natural”  venceu com percentagem esmagadora devido a  UNITA  que  concorreu dividida com dois candidatos dando vantagens ao candidato do MPLA.

Informações ainda em verificação aludem  que no ano passado, Abel Chivukuvuku teria visto abortada a tentativa de uma audiência com  o PR  que fora objectada pelo General Helder Vieira Dias “Kopelipa”, a quem tivera recorrido aos seus  “bons ofícios” . Em  contrapartida, foi confirmada a acareação com  uma figura apresentada como membro do circulo presidencial que o teria desencorajado da corrida a PR. Os dizeres do interlocutor soou como recado/advertencia da “entourage” do regime.

Uma colecta de dados produziu  estimativas de que face aos  efeitos psicologicos da  “entourage” do regime, Abel Chivukuvuku avançaria mesmo para uma candidatura independente movida pela “vaidade” provocada ou pelo sentimento segundo o qual o “poder político” mostrava-se amedrontado consigo.

A candidatura de Abel Chivukuvuku  também é movida por motivação de cariz histórico/tradicional que  tem haver com interpretações de palavras de uma conversa tida com Jonas Savimbi encarada como passagem de testamento. Uma versão em meios restritos da UNITA alega que após as mortes de Alicerces Mango e Jeremias Chitunda, o falecido Presidente da UNITA convocou, Abel Chivukuvuku, Lukamba Gato e  Isaias Samakuva para uma reunião em que lhes teria pedido  ou aconselhado  a  nunca  recorrem a  “meios violentos“ para alcançar uma certa “liderança”. O trio entendeu, mais tarde, que naquela reunião a três havia dado lugar a uma passagem de testamento da presidência do partido. No entender de “insiders”, apenas Samakuva teria politicamente sobrevivido para sua materialização, pelas seguintes ocorrências a saber:

- Abel Chivukuvuku desentendeu-se com Savimbi fruto de intrigas internas segundo a qual estava a tornar-se muito próximo ao regime por via de Fernando Dias “Nando” de quem se tornou  amigo.
- Lukamba Paulo “Gato”, antes de Savimbi morrer era uma figura afastada que já não participava nas reuniões de grande decisão. Savimbi chegou a realizar uma conferencia para afasta-lo do cargo de Secretario Geral mas sem sucesso porque o mesmo, não compareceu na base onde realizou se o conclave razão pelo qual quando Savimbi morre uma corrente militar liderada pelo General Karmoteiro declinou inicialmente a sua liderança interina sob protesto de ser  uma “figura afastada”.
- Isaias Samavuka que fora um influente chefe do seu gabinete teria sido a ultima cartada razão pela qual foi “forçado”  por uma corrente de veteranos (como Ernerto Mulato e Sabino Sandele)  a materializar a vontade  expressa no testamento de Jonas Savimbi.

Após as vésperas do primeiro congresso, A Chivukuvuku passou a ser visto como alguém que vê  em  I Samakuva  uma figura que não cumpriu com um acordo “presidencial” cuja existência é negada por ambos. Ambos disputaram a liderança do partido no ultimo congresso e em função do mesmo, Abel  Chivukuvuku viu-se mais tarde impulsionado a alimentar pretensões presidencialistas em determinação das seguintes estimativas:

- Resultados do congresso ultimo na qual o seu grupo ficou convencido de que houve manipulação
- Forma machucada como saiu do conclave, em função do mesmo teria sido visto a poucos meses a sair do Gabinete de Samakuva solicitando que este fizesse um pedido de desculpas publicas  em troca do seu “perdão” .

Em função do não entendimento com a direcção do partido foram notada as seguintes diligencias em A Chivukukuvu ou em pessoas do partido  ligadas a si:

- Surgimento de uma facção  por si, liderada  que passou a ser conhecida internamente por “grupo de reflexão (GR)”. Aderiram ao grupo membros partidários (Lukamba Gato, C Morgado, C Kandanda) que haviam apoiado a sua candidatura na liderança do partido e outros como Horacio Jujenvile. Um antigo dirigente Vitorino Hosse é citado como tendo declarado interesse no descongelamento da sua militância caso Chivukuvuku esteja na chefia do partido. Gesto manifestado por um antigo oficial general, Urbano Chassanha, que se mudou para o interior do país.  A mais recente aderência ao GR presume se ser a de  um ex deputado, Alexandre Neto. Em recente entrevista a LAC considerou “oportuno” a sua concorrência na corrida presidencial. A Neto foi director da Radio Despertar e antes de sair declinou um convite de I Samakuva que lhe propunha a preencher a vaga de Secretario da informação, antes ocupada por A Costa Junior.

O “Grupo de reflexão (GR)” notabiliza-se pela observância ou fiscalização das actividades do partido. Nota, com reprovação a acumulação de poderes em figuras do circulo  de I Samakuva e a uma alegada falta de poderes dos órgãos decisórios do partido. O GR da certa atenção no que concerne a  identificação de correntes descontentes com a direcção de Isaias Samakuva.  A cerca de cinco  mês atrás, o “grupo de reflexão” foi alimentado com informações segundo a qual um dirigente Chipindo Bonga manifestou em privado a acerca de uma letargia dentro do partido. C Bonga tem uma certa importância no seio das figuras do GR por ter sido o mentor da vitoria de I Samakuva no ultimo congresso. É dado como autor  de panfletos que foram distribuídos antes do congresso aludindo maus dizeres contra Chivukuvuku na qual o GR  pensa que  terá contribuído para a ma imagem da sua figura junto dos congressistas.

Promover nas hostes do partido informações por exemplo de que C Bonga esta diminuir a sua feição a liderança de Samakuva seria um trunfo  significativo para o GR.

O vulto da candidatura de Abel Chivukuvuku é também visto internamente como medida para ameaçar a liderança do partido ou de amorteça-la e forçar a um congresso extraordinário. Em meados do ano passado, militantes próximo a A Chivukuvuku pretendiam forçar a  um congreso em reclamação a alteração dos estatutos a margem do congresso de que resultou na criação de uma espécie de “Bureau politico” composto por 12 elementos dentre os quais um ex membro da FpD, Claudio Silva. Ficou decidido que não fariam antes das eleições legislativa por receios de que  o MPLA  tomasse  proveito da mesma e que depois seriam internamente acusados  de colaboradores das “políticas macabras” do regime.

A Chivukuvuku aparente agora decidido dar a cara em nome do GR no sentido de esforçar um congresso extraordinário, vence-lo, e concorrer as eleições presidências sem que o partido corra o risco de ir para mesma com “dois” candidatos (Um oficial e outro independente).

De acordo com dados baseados na sua  estratégia de marketing interno,  a mesma tem como objectivo aguardar a presença de cerca de 325  membros do partido (alguns vindos do exterior) que se reúnem em Luanda   para uma alargada reunião da comissão permanente de 14 a 15 de Agosto  na qual pretende passar a sua mensagem tida como de campanha.

A estratégia em termos de comunicação  traçada para conciliar com a seguinte agenda:

- Aparição  através de uma entrevista a VOA (Já realizada) em que descreve o “Estado da Nação”
- Aparição dois dias antes da reunião da comissão permanente por  via de uma entrevista a uma radio local (prevê que seja a Emissora Católica)
- Aparição em entrevista, ou retomada de estrato da mesma por  um semanário local para coadunar com o ultimo dia da reunião da comissão permanente. 

Em função do eco que os seus pronunciamentos ou entrevistas  causarão aos  membros da comissão permanente e aos Secretarios Províncias, um partidário seu, levantara a questão ou hipótese de um congresso extraordinário partidário  na qual A Chivukuvuku será apontado como o salvador do partido apto para honrá-lo nas eleições presidências e concorrer com o candidato do MPLA em honra do “vergonhoso” resultado das eleições legislativas.

Na reunião será visto como candidato preferencial a Presidência da Republica em função da sua visão de Estado  a ser transmitida nas entrevistas.

RN & EV
Fonte: Club-k.net