Luanda - O Governo angolano está a negociar um aumento, em 500 milhões de dólares (420 milhões de euros), à linha de 'eurobonds', emissão de dívida pública em moeda estrangeira, feita em maio, de 3.000 milhões de dólares (2.560 milhões de euros).

Fonte: Lusa

A informação foi confirmada hoje à Lusa por fonte ligada ao processo, acrescentando que a negociação, que é conduzida no mercado internacional pelo consórcio dos bancos formados pelo Goldman Sachs, Deutsche Bank e o ICBC (China), deverá estar concluída até final desta semana.

O objetivo é acrescentar mais 500 milhões de dólares à emissão (uma das duas parcelas de 'eurobonds') de 1.250 milhões de dólares (1.060 milhões de euros), do início de maio, cuja maturidade é 2048.

O Governo angolano considerou a segunda emissão de 'eurobonds', no valor de 3.000 milhões de dólares e com três vezes mais ofertas, como o início de "uma nova era" na relação com o mercado financeiro internacional.

 

Em comunicado enviado na altura à agência Lusa, o Ministério das Finanças referia que esta emissão de 'eurobonds', concretizada a 02 de maio, contou com o interesse manifestado por investidores dos Estados Unidos da América, Europa e Ásia, tendo culminado com 500 propostas de compra de 'eurobonds' angolanos, que totalizaram cerca de 9.000 milhões de dólares.

Dando cumprimento ao decreto presidencial, de 27 de abril, autorizando a emissão e o seu teto máximo, "Angola limitou-se a negociar um máximo de 3.000 milhões de dólares", tendo dividido a transação em duas partes.

Uma parcela, com maturidade de 10 anos e com um valor nominal de 1.750 milhões de dólares, foi emitida com uma taxa de juro do cupão fixada em 8,25%.

A segunda parcela, com maturidade de 30 anos e com um valor nominal de 1.250 milhões de dólares, foi emitida com uma taxa de juro do cupão fixada em 9,375%.

O Ministério das Finanças destaca que a "confiança manifestada pelos investidores internacionais levou a que Angola emitisse, pela primeira vez, um título no mercado internacional com maturidade de 30 anos".

Na primeira emissão do género, em 2015, Angola colocou 1.500 milhões de dólares em 'eurobonds', com uma maturidade de 10 anos.