Luanda - Me lembro muito bem que nos anos antes de 2004, em Mbanza Kongo a fruta como a manga era abundante e se comia até se fartar. Pois existiam muitas mangueiras em Mbanza Kongo, e digo mais naquela altura a manga em Mbanza Kongo era mesmo "campi". Mas também me lembro de que o safu, ekomono o safu! Hum o safu era mesmo "campi" naquela altura. Os abacates entre outras naquela altura eram abundantes. Mas existe uma relação entre a manga, o safu e o abacate com o adobe? Bem, é de conhecimento de todos que não se confeccionam os adobes se usando a manga, o safu e o abacate. Então porque falo da manga, do safu e do abacate num assunto que tem a ver com o adobe?

Fonte: Club-k.net

Quando olhamos pelo aspecto de Mbanza Kongo. Vemos uma cidade mais ou menos de cor de tijolo. Pois 90% das habitações em Mbanza Kongo são construídas de adobe e não tem um reboco. O adobe depois de ser feito e estar seco. Ela é queimada, nas fases de confeccionar até o secar do adobe, ela não causa danos ao meio ambiente. Mas o adobe passa a causar danos ao meio ambiente na sua fase final de confeccionar, pois nessa última fase o adobe é queimado num forno que é construída para o efeito.

A questão que se pode levantar é a seguinte. O adobe está causando danos gravíssimos ao meio ambiente em Mbanza Kongo?

Em primeiro lugar antes de responder esta questão importa dizer o seguinte. As árvores têm uma importância capital na vida. Pois as árvores absorvem o dióxido de carbono e emitem o oxigénio, em outras palavras elas inspiram o dióxido de carbono e expiram o oxigénio. Ora o oxigénio é um gás imprescindível para a vida, pois sem o oxigénio não pode existir vida.

Para quem não entende nada do que é confeccionar o adobe, pode dizer o seguinte: "Mas qual é a relação entre o adobe e as árvores"? O safu, a manga, o abacate e o adobe? A resposta para está questão é a seguinte. Se o adobe não é queimado ela é imprópria pra construção, pois tem pouca durabilidade e o mais agravante é que em Mbanza Kongo chove muito, e a não queima do adobe, devido as constantes chuvas provoca a sua erosão.

Implica dizer, as árvores são elementos fundamentais no processo do confeccionar do adobe. E se regista a escassez de produtos tais como: a manga, o safu e o abacate. Pois pra que exista a manga deve existir a mangueira, para que exista o abacate deve

existir o abacateiro e para que exista o safu deve existir o safuero. E a mangueira, o abacateiro e o safuero são as árvores preferidas para o abate e queima dos adobes.

E o abate destas árvores está provocando a escassez destes alimentos. Mas o mais agravante é que esse abate as árvores está provocando danos ao meio ambiente. Pois o ar puro que respiramos é fruto do trabalho que árvores desempenham. Hoje a cidade está se alargando num abrir do fechar dos olhos, dia a pós dia os munícipes estão construindo habitações, as áreas que não tinham habitações estão sendo construídas habitações. A cidade se está alargando numa velocidade de cruzeiro.

Mas o alargamento da cidade está sendo um atentado a flora. Pois essas habitações são construídas com adobe e esse adobe é queimado, e pra queima são utilizadas árvores. Ao médio prazo conforme a cidade está se alargando, o confeccionar dos adobes também esta aumentando e isso trará danos gravíssimos ao meio ambiente.

Como se pode contrapor este problema ou este problemão?

Dias atrás levantei a seguinte questão. "Se a areia que é comercializada em Mbanza Kongo não vem de Luanda, mas do Nzeto. Então porque uma carrada de areia em Mbanza Kongo é comercializada num preço que ronda de 120.000,00Kz a 100.000,00Kz!?". Talvez alguém pode pensar que o preço exorbitante, que o preço anti-patriótico que é comercializado a areia em Mbanza Kongo não tem uma relação com o excessivo abate das árvores em Mbanza Kongo.

Mas na realidade tem uma relação. E a solução para a redução considerável do abate das árvores passa pelo regulamento do preço da areia em Mbanza Kongo, de modo a ter-se um preço justo e patriótico de comercialização da areia em Mbanza Kongo. Pois se as instituições vocacionadas em pôr ordem na economia colocarem ordem nessa tamanha barbaridade que se assiste na comercialização de areia, a qual eles assistem, mas se remetem ao faz de conta.

Se irá contrapor este problema de abate de árvores para se confeccionar adobe. Pois o preço de areia em Mbanza Kongo tem sido o impeditivo para a população confeccionar os blocos de cimento e fazer o reboco das suas casas, e esse preço injusto e anti- patriótico que é comercializada areia as leva a confeccionar os adobes. E os preços justos e patrióticos na comercialização de areia irá reduzir consideravelmente o abate das árvores e irá permitir a criação de pequenas empresas vocacionadas em confeccionar e comercializar os blocos de cimento. E essas pequenas empresas irão criar postos de emprego.

Em suma urge que se ponha ordem no comércio de areia, pois os preços injustos e anti-patrióticos que são praticados obrigam os munícipes que façam os adobes e não façam o reboco das suas casas. E confeccionar adobe em função evolução

demográfica de Mbanza Kongo se tornou num atentado ao meio ambiente, devido o excessivo abate das árvores, a qual são utilizadas para a queima do adobe.

Manuel Tandu "O Kutualista"