Benguela - A certificação nacional do Aeroporto da Catumbela, província de Benguela, passará pelo cumprimento das normas de segurança no perímetro adjacente à infra-estrutura, gerida Empresa Nacional de Navegação Aérea (ENANA), afirmou o diretor-geral do Instituto Nacional de Aviação Civil, (INAVIC), Rui Carreira.

 

Fonte: Angop


Rui Carreira falava à imprensa, na cidade do Lobito, à margem de um encontro de esclarecimento promovida quinta-feira, pelo INAVIC sobre os meandros do processo de certificação, que termina em Fevereiro do próximo ano.

 

Considerou o cumprimento das normas de segurança no perímetro do aeroporto da Catumbela como elemento fundamental para sua efectivação.

 

Para si, é obrigação do operador aeroportuário resolver essa queståão de segurança aérea, para obtenção dessa licença, caso contrário, o aeroporto não terá a certificação.

 

Advertiu que para certificação da infra-estrutura, a empresa aeroportuária não deve permitir a presença de animais, entre outros, elementos ou objectos estranhos que podem pôr em perigo a navegação.

 

Informou que o processo do Aeroporto da Catumbela arranca tão logo termine a certificação do Aeroporto 4 de Fevereiro de Luanda prevista para 31 de Agosto próximo, tendo em conta a sua complexidade, a execução de todas as etapas definidas, respeitando os regulamentos da aeronáutica angolana e da legislação da aviação civil internacional.

 

Após conclusão dos trabalhos do Aeroporto 4 de Fevereiro, adiantou Rui Carreira, o processo do Aeroporto da Catumbela tterá pés para andar, dada a experiência adquirida, apesar de longo, tornando para o INAVIC uma experiência piloto a certificação daquele aeródromo.

 

Fonte ligada à ENANA, que pediu anonimato, disse hoje (sexta-feira) à Angop que os trabalhos que visam garantir a segurança aérea já iniciaram com a consolidação e reforço das vedações existentes, identificação dos edifícios nos arredores para eliminação, ou de objectos próximos a rede periférica, em pareceria com as administrações municipais e outras entidades, visando salvaguardar a inviolabilidade e de prováveis ameaças a segurança externa naquela circunscrição aeroportuário.

 

Considerou determinante operacionalização dos mecanismos de cooperação com outros organismos e demais intervenientes, no sentido de se implementar as orientações do INAVIC, tendo em conta a importância do aeroporto para o desenvolvimento da província, particularmente, no domínio económico e social, dinamizando assim o sector do turismo e a mobilidade dos cidadãos.

 

Por seu turno, o chefe do Departamento de Aeródromo e Infra-Estruturas Aeronáutica, José Tshende Pongo, ao dissertar o tema “Impacto da Certificação do Aeroporto da Catumbela”, explicou que um aeroporto para ser considerado Internacional deve obedecer cinco etapas: a 1ª etapa que passa pela solicitação formal de projectos de aeroporto, onde o INAVIC vai realizar uma inspensão de operação de voos, infra-estruturas e ajuda em terra, serviços de resgate e combate ao incêndio, bem como gestão de perigo de vida animal, prova de capacidade financeira, certificado de estudo ambiental.

 

Apontou a segunda fase como avaliação da solicitação por INAVIC, a 3ª abrange a inspecção para se vai avaliar as instalações dos serviços e equipamentos do aeródromo, enquanto a 4ª fase consiste na concessão ou recusa do certificado e a última etapa na promulgação do estado do certificado de aeródromo e dos seus detalhes.

 

O aeroporto da Catumbela, inaugurado em 2012 será uma alternativa ao de Luanda, pela sua dimensão e capacidade prevendo uma movimentação anual na ordem dos 2,2 milhões de passageiros. Com duas mangas para embarque e desembarque, e uma pista de 3.700 metros, tem capacidade para prestar atendimento a cerca mil pessoas.