Lisboa - Populares no mercado do roque Santeiro e no Kikolo em Luanda pegaram em catanas, na manha desta sexta feira (09) para atacar emigrantes da RDC em suposta retaliação da expulsão em massa de angolanos naquele país vizinho. As  forças policias foram obrigadas a interditarem por algumas horas a estrada que da para o  mercado do Roque ao município do Cacuaco. 

 

Fonte: Club-k.net

 Kabila afasta-se de Angola

Uma analise de situação estima que  a reação das populações terá  sido incitada por efeito de trabalhos de inteligência a fim de se proceder com demonstrações que estão a ser demitidas em círculos políticos e diplomáticos.


Razão ou evidencia do incitamento


- A população que reagiu não tem entendimento  político para pensar a este nível

- Facilidade de colocar  nestes bairros ou no meio da população elementos agitadores que em função da sua açcão seriam seguidos pelos restantes 

- Surgimento da policia que  foi apresentada  como salvadora da “tragédia”

- Reportagem no noticiário da TPA destinada a entrevistar pastores e reverendos a apelarem  a população a manter-se serena; um indicativo para reforçar a tese de que o regime e as autoridades religiosas “ate” condenaram os ataques

- Histórico do procedimento idêntico ocorrido em 1992 em que as populações foram armadas e incitadas por efeito de trabalho de inteligência a escorraçar a UNITA na tarde do dia em que as partes iriam assinar documento que ditava a realização das segunda volta das eleições naquele ano.

 

O “mau”  tratamento que as autoridades do Congo dão aos angolanos é seguimento do afastamento de Angola por parte daquele país em favor do Ruanda ao qual procuram entendimento/estabilidade que contradiz com a parceria militar com Angola. Na seqüência do “afastamento” de Angola, oficias generais Angolanos da linha do General Furtado que  tem interesses pessoas naquele país (negócios de exploração minerais, Barragem do Inga e etc) viram os seus interesses a serem sacrificados.


Na relação entre os dois países foi criada uma comissão diplomática conduzida pelo Vice Ministro do Ministério das Relações Exterior que na pratica não esta a funcionar.


Dados verificados como produto da mas relações


- A Comissão da Assembléia Nacional chamou recentemente o General Furtado para esclarecer sobre o que se estava  a passar.

- Desabafos do mesmo invocando “ingratidão” da RDC levantado suspeitas de que as suas reservas estão ligadas aos interesses pessoas que esta a perder  naquele país

- Rumores em Luanda segundo a qual JES e Kabila estão de costas viradas

 

Reação do regime


- Silencio do canal diplomático

- “militarização” da posição do regime. Ao invés de uma autoridade diplomática/política  a falar coloram o General Furtado tendo tomado posições politicas na qual informou que Angola não iria retalhar

- Suposto incitamento da população em Luanda tomado como sinal claro a ser enviado as autoridades do RDC

- Paralisação dos   vôos Luanda- Kinshasa; ao que leva a concluir ter sido decisão política tomada ao mais alto nível.

 

De acordo com o Africa Monitor Inteligence ass tensões nas relações de Angola com a RD Congo e Rep Congo, provocadas por expulsões maciças do território de Cabinda de cidadãos de ambos os países, estão a ser aproveitadas por meios que nos mesmos países se insurgem contra a presença militar angolana e outras influências nos seus territórios.


 Desta feita, porém, o fenómeno tem contado com atitudes consideradas “benevolentes” das próprias autoridades. O encerramento da fronteira de Massabi, na fronteira de Cabinda com a Rep Congo, foi visto como demonstração de complacência das autoridades com o clima anti-Angola.


A par das expulsões propriamente ditas, os protestos nos dois países foram motivados pelo conhecimento público de maus tratos e desapropriação de bens a que os expulsos terão sido sujeitos.


Na RD Congo, onde o ambiente anti-Angola é mais notório, embora menos partilhado pelo Governo, há movimentos que reclamam o fim da presença militar angolana, mas também de estudantes.

A presença militar angolana e consabidas intromissões políticas e de segurança no regime congolês, têm sido, de per si, geradoras de animosidade em relação a Angola.