Bruxelas - O MPDA lança um apelo sobre a operação em curso que serve como interpretação dos resultados do MPLA, e que procura relançar artificialmente, uma dinâmica bipolarização tentando mascarar a similitude perfeita de proposições e de políticas que já foram reveladas pelos partidos políticos, sociedade cívil e a imprensa privada. É preciso neste momento que se  cria consenso entre o MPDA, a UNITA, a FNLA, o PDA e o Bloco Democrático. 


Fonte: MPDA


O que se passe hoje na República Democrática do Congo, é a consequência da autocracia e da ditadura Mobutista. A era Mobutista de facto, dividiu e humilhou várias nações fronteiriças e criou conflitos entre africanos.  Hoje em Angola a história é a mesma. O reinado de José Eduardo dos Santos começa agora recolher os seus frutos mas de uma forma negativa, incrível e perigosa. 

 

Os episódios da República Democrática do Congo contra os refugiados angolanos, é a consequência da política fascista e marxista do deputado José Eduardo dos Santos, que persiste refinar e humilhar o oriundo povo . Após longos anos de residência naquela República Democrática, os angolanos criaram laços significativos e uma coabitação sem interrupção, hoje expulsos como apátridos. Que humilhação para Angola! Este Povo que abandonou outra vez as suas terras ricas e que demarcou a opressão portuguesa, depois de ter encontrado a segunda terra que lhe acolheu com satisfação, facilitando de tal modo a sua integração, hoje por interesses particulares de José Eduardo dos Santos e da sua manada, este povo volta a sofrer. 

 

Isto é este acto tão desuhumano, faz-nos recordar cada vez mais as inspirações do KONGO DIA NTOTELA e da UPNA. Nem só, mas também faz-nos recordar também a petição deste Povo sofridor endereçada a “American Committee for Africa”, pelo Manuel Barros Nekaka, aos 09 de fevereiro de 1958, que estipulava a necessidade de um Estado livre, autenticamente Bakongo caso a nossa coabitação com Angola fosse posta em causa. Não é ainda tarde, a qualquer instância e com a insistência da opressão neocolonial de Luanda, os jovens Bakongos poderão em breve questionar-se sobre as circonstâncias. Também ninguem pode excluir o surgemento do Federalismo Bakongo, caso José Eduardo dos Santos persistir numa resolução a força das armas para continuar refinar e humilhar este Povo. Agora dissemos basta com a voz alta e com determinação.


Por isso,  lanço um apelo vemente ao regime angolano, de poder assumir a sua responsabilidade diante dos refugiados angolanos que abandonaram os seus bens na terra estrangeira e garantir as infrastruturas no seio deste erário Povo. Este governo, deve no entanto reconhecer os seus erros do passado e actuais. Porque o MPLA faz e desfaz, governa e desgoverna. Este é mais uma prova que, a vitória do MPLA nas legislativas anteriores de Setembro de 2008 foi uma pura farsa e brincadeira das crianças.

 

Mas o que o nosso país reclama agora, é a ruptura clara com as políticas autoritárias que desde mais de 33 anos, a oposição defendeu segundo uma logíca de alternância, somente possível com o reforço do MPDA e de outros partidos convictos.

 

A política fascista e autoritária levada a cabo ilegitimamente pelo MPLA e pelo deputado José Eduardo dos Santos, não permite a coabitação entre os povos de Angola e visa isolar o nosso país entre os parceiros africanos e criar conflitos com os países frontaleiros, uma atitude absurda que não ajudará Angola nem os seus filhos e filhas. Hoje o mundo actual aposta-se no desafio sócio-económico e não pela força das armas. A sabedoria vale mais do que uma arma comunista. E se realmente desejamos um futuro melhor para o nosso país e para as gerações vindouras, é agora, não é amanhâ.


O MPDA sauda os esforços fornecidos apesar de tudo pelo cada angolano, nomeadamente partidos políticos, sociedade cívil, juventude, assim como as intervenções democráticas dos independentes que com a sua descoberta generosidade, com as suas intervenções substanciais e insubstituíveis, contribuiram em todo país, porque Angola e as gerações vindouras tenham um futuro melhor. Sobretudo, desejamos que esta contribuição possa levantar uma voz discordante ao Parlamento angolano se este existisse a favor da defesa dos interesses nacionais e possa afirmar-se como uma força indispensável para a resolução dos problemas nacionais e a uma ruptura com os políticos fascistas e comunistas de Luanda. 


O Presidente do MPDA enderessa-se a Mãe-Pátria, para afirmar a sua satisfação diante do importante progresso na defesa dos direitos fundamentais do nosso erário povo e dos interesses nacionais. Um progresso que lança um sinal, aquele de reivindicação de mudança e de confiança no sentido de que, é ainda possível de construir uma vida melhor no nosso país. 


O líder do MPDA, enfim insiste sobre a condenação clara e equívoca da política do governo de Luanda que se traduz numa derrota governamental. A primeira palavra que me vem no espírito, é a satisfação diante do importante progresso de mentalidade e das acções puramente democráticas no seio do povo angolano e também, no seio da oposição angolana. Eu sei que esta luta não facíl, mas sei também que Deus é Pai. Um progresso que lança um sinal que com o esforço de cada um de nós, é possível a mudança folosófica, cultural e sócio-económica de Angola. Um sinal de aproximação de um projecto comum a favor da defesa dos interesses nacionais em diversidade.


A segunda palavra que me vem no espírito, é a inquietude. Inquietude em relação a situação do nosso país e do povo angolano mas também, confiança que, uma outra política e outro rumo, é possível para Angola e para os angolanos. Diante a corrupção, as injustiças generalizadas, os estupros de menores de idade, a humilhação de todo género, o aumento vertiginoso da  pobreza e da miséria, assim como os paraíssos fiscais dos bens do erário Povo, uma realidade impõe-se. Por isso, rogo a todos angolanos, de contribuir de uma forma enérgica para o reforço da oposição angolana que atravessa uma situação tão díficil, no sentido de democratizar o nosso país e evitar a sessão da nossa coabitação. 


Contribuir zelosamente para a pacificação e no arquítecto da democracia em Angola e em África em particular. Amaî-vos uns aos outros. Somos uma nação, mas é preciso elementos sólidos e palpáveis. Uns dos elementos desta unidade e reconciliação nacional é o amor e a fraternidade.

 

Não somos angolanos pela leí, como lhe são. Mas somos angolanos de origem e de nascência. Temos a legitimidade e o orgulho de existir. Confirmando todos estes sentidos, os resultados desta determinação e patriotismo, abrirão não só na vida política nacional mas também nas nossas vidas cotidianas, perspectivas de proporcionar projectos conjuturais e do progresso do nosso país. Um resultado quanto o significativo e a sua grandeza, é tão valioso e afirmará que foi construido num patamar confirmativo que o angolano é uma força em progresso, indispensável ao país e a resolução dos problemas que insolam o nosso país em todos domínios. Isto é, também é baseado sobre a intervenção e o engajamento de milhares de militantes com o trabalho de mobilização e de exclarecimento dirigido junto das populações angolanas e amigos de Angola.

 

Cada um de nós tem um dever com a Mãe-Pátria porque somos obrigados a serví-la, para o interesse nacional e não pessoal. Mobilizar e exclarecer as massas populares e triunfar um clima de denigração ostensível diante da oposição.

 

O interesse económico ligado aos políticos fascistas e comunistas de Luanda que dirigem o nosso país, faz crer que a económia angolana só existirá duma forma virtual e não palpável. Porque todo operário, cultiva para recolher e não para perder todos anos. Isto, só com uma vitória absoluta da oposição, Angola poderá conhecer mudanças não só pelos discursos baratos, mas pela acção e pela construção de um projecto alternativo e duma política do interesse nacional. As perspectivas de uma derrota dos políticos do fascismo MPLA, também é uma razão importante de reforçar o MPDA de impôr uma ronda na vida política Angolana. 

 

Os falsos resultados obtidos em Setembro do ano passado pelo MPLA, são indissociáveis das lutas, manifestações e da raiva que mobilizou milhares de angolanos para a defesa dos direitos fundamentais nomeadamente, os serviços públicos, a imprensa, o trabalho, a saúde e o ensino, reivindicados pelos partidos políticos, sociedade cívil e a igreja em particular, isto é em si próprio, uma expressão sobre a condenação clara da política de José Eduardo dos Santos e das suas orientações e confirma clarividentemente que, não é só possível mas é indispensável de introduzir nas proxímas eleições, uma derrota significativa a este governo e aos seus políticos fascistas que participerão na proxíma corrida. 

 

A nossa defesa é ligada simplesmente nos interesses das nossas populações profundamente preocupados e as suas aspirações, participam na sua confiança indiscutível, que uma vida melhor e mais digna é ainda possível.

 

As iniciativas propostas pelos angolanos no interior tanto no exterior, é uma força considerável de homens e mulheres que não recuam diante de uma situação e constitue um sinal forte de confiança e de combatividade para aqueles que creêm a construção de uma  Angola mais desenvolvida e soberana com uma política alternativa e participativa.

 

Lutemos unidos contra todo tipo de exclusão social. Defendemos a unidade e a reconciliação nacional, como um princípio fundamental de todas as nações. Construímos uma Angola com uma democracia pluralista e participativa.


VIVA A UNIDADE E A RECONCILIAÇÃO NACIONAL


Feito em Bruxelas, aos 20 de Outubro de 2009


Massunguna da Silva Pedro

Presidente do MPDA


“Come back”