Roma - "África precisava de mais "santos" na vida pública". Esta forte e directa conclusão foi feita pelos bispos africanos na última sexta-feira durante a II Assembleia especial para a África. Os padres reiteram no entanto, que os políticos católicos africanos são corruptos e que deveriam arrepender-se e abandonar os cargos públicos.


Fonte: Club-k, New York times & NBC

Políticos traem e vendem as suas nações aos estrangeiros
através de negócios sujos com devoradoras multinacionais

O presidente Angolano José Eduardo dos Santos, e Robert Mugabe Zimbabué foram os nomes usados a título de exemplo sobre a trágica liderança perpetuada pelos políticos africanos. O relatório final da Assembleia adianta que os dois mais proeminentes líderes católicos Africanos aplicam políticas regressivas e criaram uma elite dominante, tendo consequentemente "arrastado os seus países à ruína económica" e definidos como um dos mais corruptos do mundo.


Os bispos acrescentaram igualmente que "qualquer que seja a responsabilidade e interesses estrangeiros" em todo os casos há sempre a conivência vergonhosa e trágica dos líderes locais. O referido relatório foi ainda mas longe afirmando que os "políticos destes países traem e vendem as suas nações aos estrangeiros através de negócios sujos projectados por multinacionais devoradoras causando obviamente grandes estragos em vidas humanas"


"Muitos católicos em altos cargos têm caído deploravelmente em seu desempenho no cargo". Os bispos alertam no documento que esses governantes a se arrepender, ou sair do espaço público e parar de causar confusão para o povo e dar à Igreja Católica um mau nome".


Pope Benedict XVI, que visitou  Angola e Camarões em Março, tem se pronunciado regularmente contra a pobreza, a doença, a corrupção e a violência que ameaçam esses países advogando a igreja como uma força para a democracia e a justiça social.