Lisboa - Um novo caso de morte que envolve a policia angolana esta abalar a sociedade angolana. Desta vez tem haver com um responsável do Serviço de Emigração e Estrangeiro (SME), no Dundo, Yuri de Almeida Lopes que acabou por morrer na cadeia de Viana após secções de tortura por parte das autoridades policias. A família veio a saber da morte, três dias depois. Ao tentarem recuperar o corpo da vitima tomaram conhecimento que já haviam feito autópsia, mas a cadeia de viana não sabe dizer quem fez, nem em que hospital foi feita.
Fonte: Club-k.net
Agente da policia diz que apenas cumpriu ordens superior
O episodio começou no passado mês de Outubro quando o oficial do SME, Yuri Lopes, viajou da Lunda – Norte para Luanda a fim de proceder aos preparativos ou formalidade do seu pedido de noivado. Dias após a sua chegada na capital do país, dois oficias da policia conhecidos por Rui e Defa, fizeram, uma busca a sua casa, as 6h da manha, acusando-o de roubo de telefone celular e uma motorizada. Na presença dos familiares (paí e noiva e dois filhos), o oficial foi levado a pancada para a cadeia de São Pedro da Barra, na petrangol e de seguida enviado para nona esquadra nos arredores do mercado do Roque Santeiro. Nesta cadeia foi amarrado, espancado e de seguido obrigado a beijar um outro prisioneiro, na mesma situação.
Uma semana depois, foi levado para cadeia de Viana. Quando no dia 31 de Outubro, a sua esposa foi visitá-lo, os policias prestaram informações desencontradas. Uns diziam que não conheciam e outros foram mais alem aludindo que o mesmo não se encontrava naquela unidade prisional. Através de diligências, a esposa de Yuri conseguiu falar com um dos colegas de cela que explicou que o esposo havia morrido alegadamente de hematoma cerebral após a tortura que ambos foram submetidos na cadeia.
De inicio aos serviços prisionais dizia desconhecer a existência do mesmo nas suas celas, uma vez que foi detido sem processo formal mas prometeram “procurar bem” o processo do malogrado. Foi assim que dias depois, as autoridades prisionais apresentaram uma ficha aparentemente falsificada e apresentada como documento legal da detenção.
A quando a recuperação do corpo deu-se ao impasse em relação a autopsia que ninguém sabe quem fez. O documento apresentado a família refere que o mesmo morreu de hematoma cerebral, mas entretanto estes procuram por mais esclarecimentos. Desejam saber por exemplo porque, na hora da autópsia foi aberta a cabeça e a barriga. No entender dos familiares, a razão da morte pela qual é invocada não deveria levar a abertura da barriga.
Na busca de esclarecimento, foi localizado o agente Rui, a fim de esclarecer os motivos que o levaram a fazer buscas que resultou na detenção e espancamento de Yuri. Rui revelou que o seu colega Defa é quem é o chefe das operações e que ele apenas recebeu ordens do mesmo.
De acordo com o desenvolvimento do assunto foram registradas as seguintes movimentações:
- O Director adjunto da cadeia de Viana tomou nota do assunto mas não assume tendo em conta que o nome do falecido não se encontra no registro da sua instituição.
- Os familiares procuraram denunciar o assunto através do programa Ecos e factos da TPA mas esta recusou-se passar o assunto sob a aparente motivação de que prejudicaria a imagem da justiça angolana.