Lisboa – A Radio on line,  “angolanetradio” ligada a comunidade na Inglaterra noticia que “foi  desmantelada uma rede de contrabando e comercialização ilegal de tabaco e bebidas alcoólicas que operava na Embaixada de Angola no Reino Unido” tendo acrescentado que “A rede composta por funcionários e diplomatas da embaixada Angolana, usava o nome da Embaixada para solicitar quantias elevadas de bebidas alcoólicas e cigarros, isentos de taxas e impostos, para posterior comercialização no mercado Britânico.”


Fonte: www.angolanetradio.com


Segundo aquela radio o tabaco e as bebidas eram provenientes da empresa portuguesa Atlântico, e era transportada para casa de um funcionário da Embaixada através da viatura oficial da referida empresa, onde era armazenado para ser distribuído em Londres e outras cidades do Reino Unido. Por mês, eram comercializadas em media 400 grades de cerveja, 200 garrafas de whisky e cerca de 500 maços de tabaco.


 
De acordo com aquela emissora “Estima-se, que o Estado Britânico tenha sido lesado em pelo menos £100mil libras, durante os três anos de operação desta rede que agora foi desmantelada.” 

 

Conta ainda que a rede foi descoberta quando na ausência do habitual motorista responsável pela distribuição das bebidas, a Empresa Portuguesa deu instruções a outro condutor para fazer a entrega da Mercadoria. O motorista completamente alheio ( ao contrabando) e numa altura em que a cabecilha da rede se encontrava fora do pais, levou uma carrinha apetrechado de bebidas e cigarros as instalações da Embaixada situada no numero 22 Dorset Street em Londres.


 
Este processo culminou com o despedimento de Adélia Ruth Da Silva e Rosário Mateus, os dois funcionários da Embaixada acusados de encabeçar a rede de contrabando de Bebidas.  Questiona-se a razão pela qual só agora depois de tantos anos a Embaixada de Angola decidiu agir com relação aquisição por parte de funcionários e diplomatas de quantidades exorbitantes de bebidas alcoólicas que na maior parte das vezes acabavam por ser comercializadas ilegalmente, pondo seriamente em causa o bom nome de Angola, diante das autoridades Inglesas, uma vez, o crime constituir fuga ao fisco.
 


Elena Candeia, chefe do departamento de finanças da Embaixada de Angola e responsável pela aquisição de bebidas em resposta aos órgãos de informação alegou não ter qualquer conhecimento ou informação do ocorrido. O seu colega, o diplomata Camacho, manifestando uma total falta de escrúpulos, mentiu aos jornalistas ao afirmar que tanto Ruth Silva e Rosário Mateus se encontravam ausentes da Embaixada por motivo de ferias, quando na realidade foi ele que dirigiu este processo coadjuvado pela estagiaria Ricardina Pederneira,no qual submeteram os funcionários a um interrogatório estilo inquisitorial que concluiu com o despedimentos de ambos os funcionários.
 


Adélia Ruth Silva e Rosário Mateus, alegam terem sido ilícita e injustamente despedidos. Adélia (Ruth) Disse: ‘‘Fui despedida injustamente, não fui a única pessoa a usufruir das bebidas, muitos diplomatas também Faziam requisições extras de bebidas, agora me pergunto que tipo de justiça é essa, correm os mais fracos e os mais fortes não são tocados". Rosário Mateus por sua vez, diz; Estas acusações são todas falsas,  fui acusado de ser espião da UNITA e agora estou a ser vitima de perseguição por parte dos diplomatas que a todo custo durante vários anos tem lutado para me afastar da Embaixada".
 


O despedimento dos funcionários foi feito através de uma carta redigida pela estagiaria Ricardina Paderneira, Ex-dirigente da UMARU (União da Mulher Angolana no Reino Unido), contratada para representar legalmente a embaixada.  A estagiaria actuou como advogada da embaixada especializada em Direito Laboral Angolano sem estar qualificada para tal, cometendo desta forma um crime de usurpação de funções.

 

Transcrevemos na integra a carta de despedimento dos funcionários da embaixada acusados de contrabando de bebidas e tabaco.


Poderá também ouvir as declarações de um dos funcionários que foi despedido em www.angolanetradio.com