Lisboa – Estão a ser identificadas na acção de JES manifestações que apóiam leituras em meios competentes segundo ao qual o mesmo “não tem confiam em ninguém” dentro do próprio regime. Um dos mais recentes sinais desta manifestação de “perca de confiança” terá sido evidenciado numa reunião no passado mês de Setembro ao qual foi denotado no mesmo descontentamento a cerca da carência de “qualidade de informações” que os seus colaboradores lhe estavam a dar sobre o caso Congo. (Semanas depois, o Antigo DG adjunto do SIE, Francisco Andre que dominava o dossiê foi chamado para fazer parte de uma delegação que viajou a Kinshasa).
Fonte: Club-k.net
PR não confia em ninguém
A tese a cerca da falta de confiança de JES pelos seus colaboradores e outros é reforçada pelas seguintes constatações, a saber:
- A sua segurança pessoal passou a estar confinada a dois dispositivos autônomos com funções equivalentes. Unidade da Guarda Presidencial (UGP) e a Direção de Segurança Pessoal (DSP). Parte dos efectivos de origem Kwanhama e/ou Gambos vivem no bairro saneamento, nas rendondezas do palácio presidencial.
- Deixou de viajar nas aeronavais nacionais. Quando desloca - se ao estrangeiro, o gabinete do vôo presidencial, afecto a Casa Militar, aluga um avião de fora com toda tripulação estrangeira, incluindo as aeromoças. Antes de o vôo levantar, duas patrulhas de reconhecimento acompanham a aeronave, nas laterais, as asas até que a mesma proceda a descolagem. Usa o terminal militar que aparenta inspirar mais confiança.
- Restrição a acesso aos seus aposentos. A medida foi verificada após ao afastamento do ex DG do SIE, Fernando Miala que entrava passando apenas pelo ajudante de campo do ultimo anel de segurança. Hoje o quadro é diferente, assessores de “segunda linha” não tem acesso ou não o vêem todos os dias.
- As suas acções, desde a queda de Fernando Miala, apontam para maior atenção ao elenco dos serviços de segurança. Aumento de salário (um mês antes das eleições), promoções internas, distribuição de residência, novas instalações traduzidas em melhor ambiente de trabalho (com aparelhos avançados, refeitório, ginásio e etc ). A Nova sede do SIE foi impulsionada pelo mesmo a cerca de três anos atrás.
- Denota ter falta de confiança no eleitorado. Trouxe a publico um modelo de eleições presidências favorável a si, que impeça-o o confronto com candidatos. Os resultados das eleições legislativas que resultaram de um incontrolado recurso a fraude é na justificação de opositores internos de que “JES nunca seria capaz de fazer o mesmo que o MPLA (reportam-se a 1992)” e por isso “inventou este modelo e recuou perante as presidenciais.” Num contexto de maior vigilância e sem tantos adeptos dispostos a colaborarem a 100% na fraude, a menor recurso desta, baixaria necessariamente o “score” e seria destampado o véu da fraude.
- Acentuação de Indicadores que apontam recusa de plano de retirada do poder. É em círculos internacionais citado como tendo dito que a algada elaboração de um “pacote jurídico legal” para o seu “dayafter”, não passa de papel e "o papel rasga".
- Jornais privados em Angola, com destaque ao Semanário Angolense aludem que esteja a preparar o seu próprio filho, Zenu dos Santos para sucessão presidencial. A ser verdade, se estará diante de um sinal claro da falta de confiança de delfins dentro do MPLA.
- Indicação recente de Secretários Províncias do partido em detrimento de eleições internas (antes das conferencias partidárias havia lista de concorrentes eleitos em outros órgãos do partido que foram canceladas por ordens superiores)
- Pouco simpático a vozes dentro do partido que descordam do modelo atípico ao qual faz gosto. Numa das reuniões do Bureau político, o Vice Presidente da Assembleia Nacional, João Lourenço foi convidado a retirar-se da sala, por indicio de exposição de um pensamento avesso ao modelo eleitoral atípico.
A falta de confiança denotada em JES esta a ser abalizada em meios da população que fazem recurso a espaços de debates (Rádios privadas , conferencias) para o criticarem. A poucas semanas o dirigente da UNITA, Abel Chivukuvuku disse a Radio Eclesia que lideres como JES acabam por ser vitima dos seu próprio regime. Disse quando abordado sobre as imagens do mesmo no novo BI.