Lisboa - As análises de Intelligence que conferem “autenticidade” à política anti-corrupção lançada por José Eduardo dos Santos, coexistem com outras, estas correntes em meios habilitados do próprio regime, segundo as quais a mesma terá “alguns efeitos práticos”, até por imperativo de” interesses superiores do regime” – mas o mais será “aparente”.


Fonte: AM


A linha de argumentação respectiva é o de que um combate efectivo à corrupção poderia vir a ter consequências desagregadoras para regime devido à intensidade que o fenómeno assumiu e a particularidades como as seguintes:


a) lealdade ao regime compreende práticas toleradas de corrupção em proveito de indivíduos e grupos que constituem os seus elementos de equilíbrio;



b) o clima de rivalidades e invejas existentes entre os referidos grupos tenderia a exacerbar-se e a afectar a coesão interna do regime por mero efeito de uma redução da acumulação privada.