Lunada - A filha do Presidente da Repú-blica está muito próxima de realizar aquilo que ela definiu como seu sonho de infância: dirigir uma estação de televisão. Já tem sob sua alçada o Canal 2 e o Canal Internacional da TPA.


Fonte: SA

Tchizé averbou que opinião pública

 lhe fez ver incompatibilidades

Brevemente assumirá o controlo de toda a estação quando o Conselho de Ministros aprovar os Conselhos de Administração das órgãos de comunicação social do Estado. Tchizé dos Santos já está em campo, constituindo a equipa com que vai trabalhar no Canal 1 (estima-se que já estejam em Angola contratados especificamente para tal mais de 30 profissionais portugueses; além disso já está em adiantada fase de negociações com um conhecido jornalista da casa a quem quer confiar as funções de director de informação).


Mas se sob o ponto de vista do «sonho» Tchizé está quase realizada, o ano que agora chega ao fim não lhe correu de feição. A bravata com Luísa Rogério e o subsequente processo judicial que lhe moveu decorrem mais da sua condição de filhinha de papai do que da convicção de que foi insultada ou injuriada pela secretária-geral do Sindicato dos Jor-nalistas Angolanos (SJA).


Vai ser bonito vê-la cabisbaixa quando o tribunal julgar o processo. É que não há outro desfecho previsível que não seja dar ganho de causa à secretária-geral do SJA. Mas antes dessa próxima derrota, Tchizé já averbou uma outra: ela não abandonou o Parlamento porque quis. Foi a pressão da opinião pública que lhe fez ver que ser deputada é incompatível com a sua condição de gestora de um órgão de comunicação.


Por ela, seguramente continuaria hoje, alegremente, a fazer as duas coisas simultaneamente. Seja como for, por junto e atacado tem o ano ganho por estar perto de concretizar um velho sonho.