Lisboa - A Media Nova (MN), manifesta se apreensível em avançar com uma proposta para a compra do Novo Jornal, na seqüência da orfandade precipitada pela retirada do apoio financeiro da ESCOM.
Fonte: Club-k.net
Por sua vez, ao tomar conhecimento de tal desejo, a direcção do NJ afasta alguma hipótese de vir a ficar sob a paternidade da MN. Nas apreciações feitas pela direcção do NJ é notada a apreensão acerca de uma alegada crise financeira da Media Nova reflectida nos atrasos de salários dos seus trabalhadores.
A Media Nova é um grupo de comunicação privado ligado a elementos do circulo presidencial com destaque ao general Manuel Helder Vieira Dias “Kopelipa”. A sua intenção em comprar ações no Novo Jornal é entendida em meios cépticos como medida destinada a atassalhar toda media em Angola
Presumíveis razões apontadas como estando na base da recusa da direcção do Novo Jornal:
- O NJ perderia créditos passando a ser visto/conotado como instrumento do circulo presidencial/regime.
- O seu DG adjunto, Gustavo Costa que é um jornalista que assina uma coluna muito lida em círculos político seria sacrificado pelo “novos” donos do Jornal.
- Seri-lhe-a feita imposição de uma linha editorial favorável aos interesses dos novos patrocinadores
- Precisam escamotear a impressão de que o Jornal em si enfrenta crise financeira o que prejudicaria a sua imagem
- Não seriam aceites criticas contra JES tendo em conta que a MN pertence a elementos do gabinete do PR.
- A NM iria sacrificar o cartonista do NJ, Sergio Piçarra; num passado não muito distante esteve em vias de estar ligado a algum projecto da UNITEL porem, quando a acionista Isabel dos Santos veio a saber, vetou-lhe sob alegação de que o mesmo terá criticado o seu pai numa das suas caricaturas.
- Pretende esvaziar a idéia de que o Jornal vive uma crise financeira (O jornal deixou de ser a cores e os cadernos saíram em bloco ao invés de separados. Aos leitores, a publicação apresentou um pedido de esclarecimento atribuindo a uma suposta “falha técnica”.)
De recordar que o Novo Jornal é um investimento da ESCOM, que é uma empresa do grupo português Espírito Santo, que através do Banco Espírito Santo Angola (BESA) tem interesses na New Media Angola. (Isabel dos Santos detém parte do capital do BESA). O seu custo inicial envolveu a absorção de cerca de 1, 7 milhões de dólares.