Florida - A Covid-19 tem sido o bode expiatório da Administração do Presidente João Lourenço que também alega que encontrou os cofres vazios. Passados quase 4 anos de desgovernação, a impotência de sua Equipa Económica, se torna evidente e o Pais esta com uma economia sem rumo. e vida social e econômica da grande maioria da população, esta hoje pior do que era na governação de Eduardo dos Santos.

Fonte: Club-k.net

Quando eu era estudante de Economia em Londres (o actual Lider da equipa econômica de JLO, o acadêmico Dr. Manuel Nunes Junior, que também estudou no Reino Unido), aprendi na cadeira de macroeconomia, que existem objetivos da macroeconomia que são globais, e que são, maximizar o nível de vida e alcançar um crescimento econômico estável. Esses objetivos são apoiados por objetivos como minimizar o desemprego, aumentar a produtividade, controlar a inflação, entre outros. Assim, podemos concluir que a macroeconomia de um país como Angola é afetada por muitas forças e, como tal, os indicadores econômicos são inestimáveis para avaliar diferentes aspetos do seu desempenho.

 

A constatação prevalente de muitos economistas da praça angolana é de que, a actual equipa econômica é falida e o Chefe do Executivo, não tem recebido aconselhamento tecnocrático que Eduardo dos Santos recebia da equipa econômica na altura liderada por Jose Pedro de Morais e Aguinaldo Jaime.

 

Junte-se a isso, o belo caso de que, JLO tem o privilegio de ter uma Primeira Dama que também é uma Economista mundialmente renomada. Será que dela JLO não tem recebido alguns conselhos básicos de economia, gestão e plano? Ou deve ser o caso de que ele é um desses lideres que quando recebe pareceres escritos de sua equipa econômica, não os lê e se acidentalmente os ler, não entende os seus conteúdos. Qual será o seu caso Camarada Presidente? Se calhar a equipa econômica devia de quanto em vez, tentar o ZOOM ou mesmo encontro presencial com o Chefe e Angola sairia a ganhar.

 

Entretanto, o que se constata do lado da oposição angolana e que é muito grave, pode ser resumido no facto de que, parece prevalecer uma visão estatizante e um silêncio ensurdecedor sobre alternativas, projetos e ideias que sejam mobilizadoras da vontade colectiva da nação angolana e da juventude.

 

Assim, no alvorecer de 2022, muitos angolanos como eu fora de Angola, ficaram esperançosos que desta vez, poderemos mesmo estando na diáspora, exercer o nosso direito cívico de votar. Para muitos, porem, vivendo o dia-a-dia da vida cruel em Angola, a pergunta profunda e o medo do futuro quase incerto, consistem em como a Frente Patriótica Unida, liderada pelos mais versátil políticos que minha geração ja viu, poderão destronar o mais velho que a 46 anos nos governos mesmo ja cansado e profundamente viciado, o MPLA que para muitos esta sem juízo, sem programa de governação consistente e sendo conhecido como o único padrinho de toda mafia angolana ( Elite) que ainda continuam a destruir o sonho de 90% dos angolanos e que ainda rodeiam sua Excelência o General Presidente Joao Lourenco, que agora todos sabem que se tornou num Imperador que não tem roupas.

 

Escrevendo de Florida onde resido,e o Estado aonde também reside o antigo Presidente Donald J. Trump, e o seu clone, o Governador Ronald Dion DeSantis, sou obrigado a viver e analisar narrativas que eventualmente me fazem acreditar que a Administração de Joao Lourenco, não é assim tão antidemocrática como aquela que estes dois políticos endiabrados preconizam para os seus constituintes. Ou são iguais ao MPLA em Angola que tem em todos os pleitos saído vencedor?

Senão vejamos. o antigo presidente Trump, anunciou na semana passada num comício publico em Texas, que se ele conseguir ser o cabeça de lista do Partido Republicano para ser candidato as Presidenciais de 2024, perdoaria todos aqueles que estão a ser condenados pelo sistema judicial devido a sua participação nos ataques ao Capitólio no dia 6 de Janeiro de 2021. No dia seguinte, confessou que era sua esperança que o seu Vice Presidente, Mike Pence devia ter anulado os resultados das eleições de 2020, ao mandar parar o processo de certificação das mesmas que tinham o actual inquilino da Casa Branca, Joe Biden como vencedor.

 

Minha percepção com base no acima exposto, é de que as grandes e pequenas democracias morrem assim, na escuridão. E na voz do meu escritor predileto, o escritor Ingles Edmund Burke, “a única coisa necessária para o mal triunfar é que os homens bons não façam nada”.

 

Houve sim, há algum tempo em Angola, homens e mulheres bons que tiveram por exemplo na Baixa de Cassanje, em Luanda e na Prisão de Sao Paulo, de defender o que era certo, mesmo quando envolvia riscos a suas vidas. Notemos que esse momento só veio depois do mal já estar bem estabelecido e estava poderosamente em movimento. Se duvida, pergunte aos Nacionalistas ainda vivos dessa época nefasta do colonialismo português, o como era a vida em Angola.

 

No entanto, minha narrativa aqui, não é uma chamada as catanas, mas sim para uma reflexão profunda, que deve ser feita por todos angolanos de bem quanto ao rumo que o pais devia e deve tomar ainda este ano. O pleito eleitoral de Agosto 2022, oferece essa magna oportunidade a todos angolanos.

 

Com propriedade e visão retroativa, escreveu a semana passada no portal Maka Angola o meu amigo, o renomado jornalista Rafael Marques e eu cito, “João Lourenço deveria ter definido um padrão de probidade pública, planos de execução, metas e prestação de contas dos titulares de cargos públicos. Essas premissas teriam determinado o modelo de funcionamento do governo e a escolha de governantes capazes de ouvir a sociedade, e de conceber e executar soluções de acordo com a realidade do país, a abertura transparente do mercado e as necessidades do povo. Só assim teria sido possível marcar uma ruptura inequívoca com o passado de desgoverno.

 

Sem mudanças estruturais e sem clareza no modelo de governação, os titulares de cargos públicos e funcionários da administração pública, velhos ou novos, regressam aos velhos hábitos de esbanjamento e de uso dos seus postos de trabalho como balcões para negócios privados ou para a implementação de projectos alheados da realidade...” fim de citação.

 

Pelo que me parece, em Angola, ja não há ciência de governar nem há ciência de organizar uma tanto no governo do dia, como em ver sinais de uma oposição forte e atuante. E ademais, falta igualmente a aptidão, o engenho, o bom senso, e a moralidade em ambas partes. Deverão ser estes dois factos que devem constituir o movimento político em Angola que vai dizer ao actual Executivo de JLO para passar a reforma imediatamente.

 

Se um homem ou mulher, aos 46 anos ainda não tiver um rumo na vida, a conclusão mas racional e lógica a que se chega, é que esta pessoa em um velho (a) sem juízo. Aqui reside a sabedoria que espero ser exercitada dentro do principio Divino do livre arbítrio, o que em outras palavras significa que cada um de nós ( Angolanos) temos a liberdade de escolher entre o certo e o errado, do que é bom o melhor.

 

Infelizmente, na visão dos bajuladores, o melhor ainda continua a ser o MPLA. Parece que essa estirpe de angolanos, so podem no minimo serem masoquistas ou pseudo-masoquistas.. O certo aqui ao meu entender, seria mesmo uma alternância do poder em Angola nas próximas eleições. O errado será retornar JLO a governar Angola por mais 4 anos.

 

Se amamos Angola e a Constituição, concluiremos que a 46 anos, a nossa Angola anda a deriva e sem rumo. Portanto, chegou a hora em que devemos sim mandar JLO e seus amigos para a reforma e para oposição em Agosto próximo. Ja afirmou com sabedoria e pujança a Frente Patriótica Unida que Angola é um país falido, doente e sem rumo”. Portanto, em 2022 so não vê isso quem não quer ver. Angola precisa de um novo rumo ate ao porto seguro

• Economista