Luanda - O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, tomou  conhecimento, hoje, em Luanda, com consternação, da notícia sobre o acidente aéreo que vitimou o Presidente da Polónia, Lech Kaczynski, sua esposa e várias altas figuras do Estado polaco.
 

Fonte: Angop/O globo

Piloto ignorou ordens da torre

Numa nota chegada hoje à Angop, enviada  pelos serviços Auxiliares do Presidente da República, dâ-se a conhecer que o Chefe de Estado angolano lamentou o ocorrido, considerando como "uma tragédia inaudita para o povo polaco e para Europa,  tendo em conta o número de vítimas".

  

O documento refere que Angola e Polónia mantêm exmplares relações e amizade e cooperação.

 

O Presidente polaco, Lech Kaczynski, e mais 95 pessoas, entre altos responsáveis da Polónia, estão entre as vítimas mortais da queda do Tupolev Tu-154, ao serviço do Governo de Varsóvia, que esta manhã se despenhou pouco antes da aterragem em Smolensk, Rússia.

 

Rússia: piloto do presidente Kaczynski ignorou ordens da torre


O piloto do avião que caiu neste sábado, matando o presidente polonês, Lech Kaczynski, ignorou inúmeras ordens do tráfego aéreo russo, para que não pousasse naquele aeroporto, segundo declaração de um militar russo.

 

Kaczynski, sua esposa e, pelo menos, outros 95 passageiros morreram quando o Tupolev Tu-154 em que eles viajavam caiu em uma floresta, quando tentava aterrissar perto da cidade russa de Smolensk.

 

"O controlador de vôo russo confirmou que o piloto aumentou a velocidade de descida a uma distância de 2,5 Km", disse o subcomandante da Força Aérea russa, Alexander Alyoshin, segundo a agência de notícias Interfax.

 

"O chefe do controle de tráfego aéreo ordenou que a tripulação colocasse a aeronave na posição horizontal diversas vezes, quando eles não obedeceram, mandou que eles seguissem até um aeroporto alternativo", disse ele.

 

"Apesar disso, a tripulação continuou com os procedimentos de pouso. Infelizmente, isso acabou em tragédia", disse.

 

Kaczynski, um crítico de Moscou e também conhecido por sua intransigência, estava a caminho de Katyn, na Rússia para homenagear os 22.000 poloneses prisioneiros de guerra que foram mortos pela policia secreta soviética em 1940.

 

Em 2008, quando a Geórgia e a Rússia entraram em guerra, Kaczynski estava a caminho de Tbilisi para apoiar o presidente da Geórgia, Mikheil Saakashvili, no que ele dizia ser uma luta contra o "novo Imperialismo" do Kremlin.

 

A torre de controle disse ao piloto do avião de Kaczynski para voltar, porque era muito perigoso aterrissar em Tbilisi, mas o presidente - que também é o chefe do Estado de Maior - de acordo com a lei polonesa - mandou que o piloto aterrissasse, mesmo assim.